O super app existe, e já está entre nós. “Vários bancos já estão com seus marketplaces no ar”, disse Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central (BC), durante o evento Money Monster realizado nesta terça-feira no inovabra habitat. “Todo banco quer que o cliente adote seu app como porta de entrada ao mundo financeiro”, afirmou o diretor do BC, sem citar nomes. “Mais do que isso, querem que seu app seja a porta de entrada na internet”.
No evento, Otávio também falou sobre Pix, Open Finance, Drex e Inteligência Artificial. “O Open Finance já levou a concorrência até o cheque especial, algo impensável há algum tempo”, disse. “Para convencer o cliente a abrir seus dados, tem instituição oferecendo juros mais baixas”.
IA e regulação
Sobre IA, garantiu que o BC não tem intenção de regulamentar. “IA é uma tecnologia, não se regula tecnologia. O máximo que faremos é conhecer e mapear riscos. Porém, o mais importante é impedir o mau uso da IA fora do sistema financeiro”.
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O diretor disse, ainda, que há 15 anos, a principal crítica ao sistema financeiro era concentração e falta de acesso, os custos elevados. “A tecnologia vem sendo usada pelo BC para mudar isso. Hoje a percepção da sociedade sobre o sistema melhorou com a entrada de mais players. A tecnologia aproximou o brasileiro das suas finanças”.
Otávio fez questão de lembrar que o BC foi pioneiro em permitir abertura de conta remota e levantar a questão dos riscos cibernético. “Abraçamos a inovação mas sem abandonar a preocupação com segurança e solidez”.
“Daqui a 15 anos vamos nos perguntar como um dia existiu sistema financeiro sem tudo isso”.
O que é um super app
O conceito ganhou holofotes no Brasil no ano passado após fala do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Super app é aquele que consolida em um único espaço toda a vida financeira do cliente. Na prática, inclui as quatro frentes de inovação do BC: Pix, Drex, Open Finance e Internacionalização.
No começo, houve um entendimento de que o super app seria desenvolvido pelo próprio BC, mas logo foi esclarecido que não. É prerrogativa de cada banco construir o seu e convencer o cliente a usá-lo.
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