A fintech Aarin, do empreendedor Yan Tironi, vai lançar em janeiro uma nova solução para que pequenos varejistas e trabalhadores autônomos e informais possam aceitar pagamentos em PIX. Batizada de PLIM, será uma conta digital “com uma funcionalidade que permitirá cobrar em PIX muito facilmente”, diz Tironi.
A PLIM vai marcar a entrada da Aarin no varejo. A fintech começou em junho como um gateway de pagamentos para processar transações com PIX para pequenas e médias empresas, e já tem 30 clientes.
Segundo Tironi, o PIX pode revolucionar o sistema de pagamentos: além de substituir a TED e o DOC nos processos de transferências interbancárias, “permitirá a oferta de diversas soluções de pagamento”.
A Aarin oferece soluções tecnológicas voltadas à integração de bancos e fintechs ao PIX, sem necessidade de grandes investimentos em desenvolvimento. “Para o e-commerce, a vantagem de aceitar PIX é receber imediatamente – e a custos mais baixos do que as alternativas mais comuns em vigor, o cartão de crédito e o boleto – basta emitir uma requisição. Para o consumidor, além de mais segurança e praticidade, pagar com PIX significa ter a compra aprovada e recebê-la mais rapidamente”, afirma. Segundo Tironi, a redução de custos para o vendedor pode chegar a 90%.
No mundo físico, a Aarin atende empresas como uma concessionária, que vai passar a receber pedágios em PIX – que pode substituir dinheiro vivo, vauchers; e uma universidade, que vai introduzir mensalidades em PIX, “com vantagens para os alunos que aderirem, em vez dos boletos”, diz o sócio, sem contudo revelar os nomes dos clientes.
O primeiro cliente da Aarin foi a BBNK, plataforma que permite a qualquer empresa não financeira oferecer serviços bancários com sua própria marca. “Boa parte das mais de cem operações suportadas pela tecnologia do BBNK mostrou-se interessada em utilizar as soluções da Aarin para aderir ao PIX”, diz Tironi.
A fintech recebeu investimentos anjo de mais de R$ 2 milhões, e planeja para 2021 uma rodada de captação na modalidade “seed”.
A Aarin é uma parceria de Tironi com a Cubos Tecnologia (uma software house com sede em Salvador). Tironi, nascido em Salvador, mora em São Paulo “definitivamente” desde 2016; já morou no Rio, estudou nos Estados Unidos, e trabalhou em instituições financeiras como Unibanco, Itaú BBA, Citi, Banco Fibra e Banco Máxima. Desde 2016, fundou quatro empresas de soluções tecnológicas, sendo três fintechs – uma delas é o BBNK, da qual Tironi é CEO atualmente.