A startup Sling Hub, que tem uma plataforma de inteligência de dados, anunciou na última semana um aporte de R$ 1,5 milhão liderado pelo Urca Angels e acompanhado por Ipanema Ventures; Tiago Júlio, head de inovação da Dasa; Wlado Teixeira, presidente da GV Angels; dois dos investidores-anjos mais ativos do mercado brasileiro (Camila Farani e João Kepler); e Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil.
O valuation da empresa ficou em R$ 8,5 milhões, informa à Finsiders o fundador João Ventura, que atuou por dez anos no mercado financeiro, presidiu o Gávea Angels e investiu em 13 startups, entre elas, QuintoAndar e Revelo. O aporte de agora foi o segundo recebido pela Sling Hub, que já havia captado R$ 400 mil com anjos, como ex-CFOs de grandes empresas.
Com dinheiro no caixa para um runway de 18 meses, a Sling Hub soma 5 mil usuários cadastrados, a maior parte pessoas do ecossistema (startups, VCs, aceleradoras, além de executivos de grandes empresas). Ao todo, monitora aproximadamente 1,3 milhão de dados de mais de 16 mil startups, e tem capturado entre 50 mil e 100 mil novos dados por semana, por meio de uma varredura feita por algoritmos na internet — as startups também podem adicionar informações no site.
Depois de deixar a plataforma disponível com um simples cadastro, agora a startup está começando a vender um primeiro produto para investidores e corporações, inclusive fundos de Corporate Venture Capital (CVC). Chamada de “Radar de Startups”, a solução fornece um extenso conjunto de dados sobre as startups, que vão desde informações sobre os fundadores e rodadas de captação até análise da empresa no Reclame Aqui, comentários nas redes sociais, processos judiciais e avaliações de ex-funcionários no Glassdoor.
A ferramenta permite que o cliente procure as informações por termos específicos, por exemplo, startups que têm soluções de reconhecimento facial. A partir daí, a Sling Hub faz uma varredura em sua base, filtra os negócios com as características e apresenta à corporação ou ao investidor um relatório. Na prática, facilita a pesquisa de investidores. “Dá uma assertividade maior para a busca”, diz Ventura.
A tecnologia da startup acaba de incluir uma funcionalidade que possibilita também buscar termos e palavras-chave nos últimos posts feitos pelas startups em suas páginas no Instagram. O mesmo recurso deverá ser adicionado nos próximos meses para posts no LinkedIn e no Facebook, conta o fundador. Outra ferramenta que está sendo desenvolvida é a captura de pitch decks (com autorização da startup, claro), permitindo aos investidores filtrar dados também nas apresentações feitas pelas startups.
“A ferramenta se adequa muito para corporação que quer contratar alguma solução, fazer parcerias com startups, comprar alguma empresa.”
Fundada há um ano, a Sling Hub quer se posicionar como a principal plataforma de dados sobre startups do país e, em breve, da América Latina. Nos planos está a expansão do negócio para outros países da região, como México e Colômbia. Hoje, o business mais parecido com o modelo da Sling é o Crunchbase, que tem informações sobre startups do mundo todo, sem foco em determinada região. Além dele, o mercado costuma recorrer a plataformas como PitchBook e Dealroom.
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