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A Creditas acaba de divulgar os resultados financeiros do segundo trimestre. No período, a carteira de crédito atingiu R$ 2,015 bilhões, uma expansão de 120% ano contra ano.
A originação de novos empréstimos cresceu mais de 6x em igual intervalo, atingindo R$ 612,8 milhões no segundo trimestre de 2021. No primeiro semestre, esse indicador quase triplicou ante igual intervalo de 2020, chegando a R$ 1,03 bilhão.
Já as receitas tiveram um salto de 139,2% no segundo trimestre, para R$ 170,1 milhões. Na comparação entre semestres, o crescimento foi de 90,97% — ao final do segundo semestre, as receitas somaram R$ 294,3 milhões.
Mas na última linha do balanço, a fintech continua apurando prejuízo — fechou o trimestre com perdas de R$ 70 milhões, 81,8% acima do prejuízo registrado no mesmo período de 2020. No segundo semestre, as perdas somaram R$ 134,6 milhões, ante R$ 89,9 milhões em igual intervalo do ano passado.
Se levar em consideração a relação resultado líquido/receita, o indicador registrou uma melhora, passando de -54,1% no segundo trimestre de 2020 para -41,2% de abril a junho de 2021. Na comparação entre semestres, também houve uma evolução positiva, saindo de -58,3% para -45,7%.
A Creditas informou, ainda, que concluiu quatro novas operações de securitização num total de R$ 750 milhões. Foram emitidos dois novos FIDCs (FIDC Creditas Auto IV e FIDC Creditas Auto V), além de ter sido realizado o follow-on do FIDC Angá Creditas Consignado Privado e, por fim, a Creditas emitiu seu 7º CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários).
Nos últimos três meses, a fintech anunciou três transações estratégicas: a compra da corretora digital Minuto Seguros; o investimento na fabricante de motos elétricas Voltz; e a compra de 100% da Volanty, reforçando sua atuação no mercado de veículos. Nenhuma das três operações teve impacto no balanço do segundo trimestre. Em janeiro, a fintech tinha anunciado também a aquisição da Bcredi, plataforma digital especializada no setor imobiliário.
Dinheiro não é um problema para a empresa fundada pelo espanhol, já que a Creditas levantou US$ 255 milhões, em dezembro, numa rodada liderada pela LGT, em que foi avaliada em US$ 1,75 bilhão (post-money).
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A Creditas nasceu fazendo crédito com garantia (imóvel e veículos) e nos últimos anos vem diversificando sua atuação. Em maio, a fintech fez o lançamento do Creditas Auto, plataforma digital de compra, venda, troca e financiamento de carro. Também naquele mês, a empresa assinou um cheque para a Voltz.
Antes disso, a fintech reforçara sua atuação com RH de empresas, movimento que ganhou força a partir de 2019, quando a Creditas comprou a fintech de crédito consignado Creditoo.
No ano passado, lançou o Creditas @Work, um pacote de soluções para o RH das empresas, como consignado, plataforma de compras com desconto na folha (Creditas Store), antecipação salarial, cartão de benefícios flexíveis, além de conteúdos de educação financeira para os colaboradores das empresas.
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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