Lucro do Inter dispara com expansão do crédito e do marketplace

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‘Sweet-spot entre banco digital e e-commerce’. Este é o título da carta de João Vitor Menin, CEO do Inter, para explicar os números do segundo trimestre. Que, mais uma vez, vieram positivos.

No período, o Inter teve lucro líquido de R$ 18,2 milhões, quase 7x maior em relação ao mesmo período do ano passado, resultado impulsionado pelo aumento nas receitas com crédito e, ainda, pela alta nas transações do marketplace.

As receitas líquidas totais bateram R$ 552,4 milhões, mais do que o dobro na comparação anual. Os depósitos à vista cresceram 18% trimestre contra trimestre e 130% na comparação ano contra ano.

O banco digital — que já não gosta mais de se intitular banco — atingiu uma base de 12 milhões de contas digitais de abril a junho, mais do que o dobro ante igual intervalo de 2020.

E segue num crescimento acelerado de abertura de contas. No período, foram abertas 1,9 milhão de contas, um avanço de 6,1% trimestre contra trimestre e um salto de 90,6% em relação ao segundo trimestre de 2020. Esse número representa, em média, cerca de 30,2 mil novas contas por dia útil.

“Temos clientes cada vez mais engajados. Quase metade de nossos clientes ativos (46%) usam a nossa plataforma como seu banco primário”, disse João Vitor Menin, CEO do Inter, no relatório de resultados.

A carteira de crédito ampliada chegou a R$ 13,3 bilhões no período de abril a junho, volume que representa um avanço de 21,3% ante o primeiro trimestre e uma expansão de 118% na comparação anual. A originação de crédito, por sua vez, bateu R$ 4,8 bilhões, o que representa um incremento de 212% ano contra ano.

O destaque é o crédito para empresas, que cresceu 309% na comparação anual, com com destaque para supply chain finance, antecipação de recebíveis de cartão e crédito rural. O segmento de empresas já representa 23,3% do porfólio do banco, perdendo somente para cartão de crédito (23,9%) e imobiliário (33,5%).

O volume transacionado com cartões triplicou no segundo trimestre, ante igual período de 2020, chegando a R$ 9,4 bilhões. O número de cartões utilizados mais do que dobrou na comparação anual, para 4,1 milhões.

Na Inter Shop, que vem se tornando a ‘menina dos olhos’ da instituição mineira, o volume total em vendas (GMV) atingiu R$ 774 milhões, um crescimento de mais de 6x na comparação anual. Nos últimos 12 meses (LTM), 2,1 milhões de clientes realizaram compras no marketplace. A base encerrou o trimestre com 1,3 milhão de clientes ativos — com adição de 423 mil novos clientes.

Investimentos e seguros

Na plataforma de investimentos Inter Invest, o volume de recursos sob custódia e gestão atingiu R$ 63,5 bilhões no trimestre (mais do que o dobro na análise anual), dos quais R$ 17,8 bilhões se referem ao saldo de captação incluindo depósitos à vista. As receitas da Inter Invest (que somam a DTVM e a asset) ficaram em R$ 16,3 milhões, um incremento de 97,6% ano contra ano.

A base de investidores chegou a 1,7 milhão (crescimento de 120% ano contra ano), um número que representa 14% da quantidade total de clientes. Os investidores com ações custodiadas chegaram a 425 mil em junho, número que representa uma expansão anual de 78,7%.