Depois de receber, em abril, o primeiro cheque de R$ 500 mil da Bossa Nova Investimentos, a fintech de educação financeira Plano já completou dois terços do montante planejado para a rodada seed de captação. Agora, está em busca de parceiros gestores de fundos com viés social que combinem com a missão da Plano. “O foco dessa capitalização é levantar fundos, tanto de Smart Money, quanto de capital para tracionar e investir recursos”, revelou em live do canal “Papo de Fintech”, de João Bezerra Leite (investidor anjo e mentor de fintechs na Bossa Nova Investimentos). “A rodada ‘série A’ de investimentos deve ser aberta no final do ano que vem”, antecipa. O bate papo contou ainda com a participação de João Isern, executivo da área de tecnologia financeira e investidor em fintechs.
“Recentemente participamos do programa de aceleração da Febraban, ficamos no radar de investidores, já entendemos o caminho a percorrer até a ‘série A’, ficou bem claro o desafio que precisamos cumprir: lapidar todos os skills da empresa, preparar os pilares da Plano para estarmos prontos até lá. Este é o grande foco nosso agora”, disse.
Hiraki falou ainda sobre as oportunidades do Open Banking, e estratégias da empresa para se aproximar do usuário final. Segundo o empreendedor, a fintech tem dois pilares principais: ESG – impacto social, com foco em educar o usuário para ter poder de decisão e atingir sua saúde financeira; e tecnologia para se conectar ao Open Banking e trazer soluções para o cliente.
Concorrência bancária
A startup não vê os bancos e instituições financeiras como rivais, pois estão trabalhando para o mesmo resultado. “Quanto mais setores da sociedade debatendo educação financeira, melhor”, acredita. Mas ele alerta que o importante é conseguir entregar com qualidade. Segundo Hiraki, os bancos estão cada dia mais trazendo soluções nos aplicativos, mas ainda não conseguem “pegar na mão do usuário” e ajudá-los a sair de endividamento: “Não fornecem soluções em longo prazo que ensinam, apenas resolvem a situação do presente”
A Plano desenvolve um planejamento financeiro para ajudar os clientes a enxugarem excessos e encontrarem estratégias para diminuir custos e despesas. Segundo Hiraki, a estratégia passa por três etapas, na primeira, o cliente descobre o tamanho da dívida, na segunda, ele coloca as contas em ordem — trocando dívida cara por outra mais barata até quitá-la e, na última, passaa investir e juntar patrimônio.
O CEO da Plano conta que 90% da massa de clientes da fintech é formada por pessoas que querem sair do endividamento. “Quando saem dessa fase, passam a investir para juntar patrimônio ou realizar sonhos, reformar a casa, viajar, adquirir produtos financeiros. A nossa ferramenta vai te afastando do consumo e guiando para o investimento”, explica.
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