Neste ano, até setembro, aconteceram 40 negócios de fusões e aquisições (ou M&A, sigla em inglês para “mergers and acquisitions”) de fintechs, segundo a consultoria Distrito. A quantidade já supera as operações realizadas em 2020 com larga margem. E mais: supera, também a previsão feita pela ABFintechs em julho, que esperava que 2021 fechasse com 42 negócios. Nesse ritmo, pode chegar a 53 até final de dezembro, ou seja, quase o dobro do ano passado.
Dados do Transactional Track Record (TTR) mostravam 36 fusões e aquisições no primeiro semestre – mas inclui as que foram apenas anunciadas, que podem acabar não fechando. Os valores de 26 delas foram divulgados, somando quase R$ 4 bilhões. A TTR também inclui aquisições minoritárias, como a do fundo Advent no Ebanx – que sozinho representou mais da metade deste total.
Outro levantamento, realizado pela Fincatch (veja tabelas abaixo), considera apenas as fusões e aquisições majoritárias e identificou 27 negócios neste ano, até agosto; 15 em 2020 e 14 entre 2013 e 2019, mostrando a evolução acelerada nos últimos dois anos.
Em parte, essa aceleração se deu pelo ritmo de adoção dos meios digitais de compras e pagamentos provocado pela pandemia. Até 2019, os compradores eram mais pulverizados, e apenas Vindi e Creditas aparecem em dois negócios cada uma. Em 2020, vimos o começo da tendência de fintechização (leia mais) e, também o despertar de alguns bancos, principalmente os digitais, para o valor das fintechs. Entre os compradores mais ativos em 2021 até agora, destacam-se a Méliuz, Nubank, Locaweb, BTG e Loft.
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