Com Modal, KeyCash capta R$ 185 milhões para acelerar home equity

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Home equity está aquecido e a KeyCash, fintech com foco no mercado imobiliário, e seus investidores não perdem tempo para avançar nessas operações de crédito com garantia de imóvel.

A fintech acaba de levantar R$ 185 milhões em uma rodada com vários investidores, entre eles, o banco Modal, que anunciou em setembro a compra de 11% da empresa. Segundo comunicado da startup, o cheque servirá para expandir a companhia em área geográfica e ampliar o volume de crédito oferecido aos clientes.

E não é por menos, é um mercado gigante. A carteira estimada de home equity é da ordem de R$ 12 bilhões no Brasil, mas o Banco Central (BC) prevê que esta modalidade pode alcançar R$ 500 bilhões com o Open Banking e a evolução do processo de digitalização de registros de imóveis nos cartórios.

Ao mesmo tempo, a fintech aponta que existem R$ 15 trilhões aplicados em imóveis no Brasil. Neste montante, ao menos R$ 6 trilhões são quitados e passíveis de uso como garantia. Com uma penetração de 9% do segmento, o mercado potencial, assim, somaria centenas de bilhões.

A KeyCash o leitor do Finsiders já conhece. É uma empresa baseada em uma plataforma de machine learning e que atua nacionalmente. A startup libera até 60% do valor do imóvel em crédito com taxa a partir de 0,82% em um prazo de até 20 anos. Já contabiliza cerca de R$ 600 milhões em aprovações de créditos com projeção para R$ 3 bilhões em 2025.

Para se ter ideia da velocidade deste mercado, em março, ao conversar com o Finsiders, Paulo Humberg — que está à frente da KeyCash — disse que, desde colocou a vertical e crédito à disposição no final e 2020, a fintech havia originado R$ 200 milhões, com metade disso aprovado. E a projeção até 2025 era chegar em R$ 1 bilhão.

Nos últimos três ou quatro meses, a KeyCash informa que teve mais de R$ 250 milhões mensais de demanda de crédito. Estima-se que este mercado deve crescer de 60 a 80% em 2021.

“Temos funding próprio, de fundos que captamos. O horizonte indica que estamos num contexto muito favorável. A tecnologia vai melhorando os processos naturalmente. Exemplos como o Poupatempo e a Carteira Digital do SUS, mostram isso e logo os cartórios vão estar completamente digitalizados”, diz Humberg, em comunicado.

Recentemente, a KeyCash firmou parceria com o Imovelweb, permitindo ao portal ampliar o portfólio de serviços financeiros, que engloba crédito pessoal, financiamento, seguro fiança, consórcio, leilões e investimentos imobiliário.

Em relação aos desdobramentos da também recente participação minoritária do Banco Modalmais, a KeyCash informa que até o final deste mês sua plataforma estará disponível para os clientes do Modal. Para a startup, a base de 1,5 milhão de clientes do banco passa a ser um hub de captação com grande potencial de prospecção.

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Ainda em nota, Humberg comenta que o aumento recente da taxa básica de juros – atualmente em 6,25% ao ano — não impactou os negócios da KeyCash e a demanda segue crescendo, principalmente onde esse crédito alcança que é o empregado de renda média. Na visão dele, o aumento dos juros é momentâneo e, por isso, proporcionará um arrefecimento leve.

“Esse cliente não é atendido hoje pelos grandes bancos. Observamos que 68% dos clientes que pedem crédito querem usar o dinheiro para produzir algo, seja investir em um negócio ou reformar um imóvel para valorizá-lo. Se o cliente pegar um crédito consignado, vai pagar cerca de 25% ao ano e um empréstimo com garantia imobiliária custa cerca de 1% ao mês, o que é bem mais viável. É justamente nessa onda que estamos entrando”, detalha Humberg.

No mercado imobiliário, principalmente em home equity, a KeyCash não está sozinha. Creditas, CashMe, Pontte, além da também novata LendMe são suas concorrentes e crescem lado a lado. Sem contar as startups do setor imobiliário, como a Housi e Kzas, que vêm lançando também produtos financeiros, especialmente crédito.

Ainda dentro do segmento imobiliário, a CrediHome — comprada recentemente pela Loft — começou em 2018 com crédito, lançou um home equity e agora se prepara para colocar na plataforma o financiamento para construção e, mais para frente, uma linha de financiamento para incorporadoras, revelou com exclusividade ao Finsiders o CEO e fundador Bruno Gama, em junho deste ano.

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Jornalista há 14 anos, com passagens por Gazeta Mercantil, DCI e Valor Econômico. É formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e tem MBA em mercado de capitais. Em 2018 e 2020, ficou entre os 100 jornalistas mais admirados da imprensa de economia, negócios e finanças, em premiação organizada pelo Jornalistas &Cia.

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