Ebanx e Creditas, dois unicórnios do mercado brasileiro de fintechs, disputam o posto de “Nubank de 2022”. Segundo fontes, ambas preparam seus IPOs – oferta inicial de ações – para este ano.
No último dia 9 de dezembro, o Nubank levantou US$ 2,6 bilhões e chegou a ser cotado a US$ 50 bilhões, protagonizando o quinto maior IPO mundial em 2021.
Segundo reportagem do Pipeline, do Valor Econômico, a Creditas busca um valuation entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões – a oferta deve levantar cerca de 10% desse valor. No ano passado, Creditas fechou acordo com Nubank para distribuir seus produtos de crédito com garantia em imóveis, salários e automóveis.
A fintech fundada pelo espanhol Sergio Furio em 2012 tem como sócios os fundos Softbank, Kaszek, QED, Amadeus e VEF. Em dezembro, havia levantado US$ 255 milhões em sua quinta rodada de captação para financiar a expansão internacional e impulsionar o crescimento, segundo comunicado da fintech.
Esta nova rodada, liderada pelo investidor de impacto LGT Lightstone, avaliou a Creditas em US$ 1,75 bilhão, quase o dobro do valor que alcançou pouco mais de um ano atrás. Apesar do crescimento acelerado, a Creditas ainda registra prejuízo – no terceiro trimestre de 2021, último dado disponível, a perda foi de R$ 81 milhões. Já o Nubank anunciou seu primeiro período de lucro, de R$ 76 milhões, no primeiro semestre de 2021.
O Ebanx, startup de tecnologia financeira apoiada pela Advent International, entrou em 27 de outubro passado com um pedido confidencial para uma oferta pública inicial nos EUA, segundo reportagem da Bloomberg. Na época, fontes disseram que o objetivo era buscar uma avaliação de mais de US$ 10 bilhões, mas o Ebanx não comentou.
Em junho, o unicórnio -que atende a gigantes como Spotify, AliExpress, Shopee e Uber – anunciou que recebeu um cheque de US$ 430 milhões do Advent. Também no ano passado, trocou o presidente Alphonse Voigt por seu sócio e cofundador João Del Valle; e contratou um diretor de relações com investidores, Luis Plaster. Até agora, porém, o Ebanx não divulga seus resultados financeiros.
Em dezembro, o Ebanx comprou a Remessa Online – nesta semana, a fintech de transferências internacionais anunciou sua entrada no mercado B2B.
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