O crescimento do banking as a service (BaaS) segue uma tendência global chamada de ‘embedded finance’. O pano de fundo do BaaS é o Open Banking, que está evoluindo para Open Finance.
No Brasil, há um movimento crescente de players que oferecem infraestrutura tecnológica e regulatória para empresas que pretendem ofertar produtos e serviços bancários.
Em evento recente da Acrefi, a BMP Money Plus — pioneira no segmento — apresentou dados do IMR Instrospective Market Research que mostram que o Brasil representa 73% do mercado de BaaS na América do Sul, com uma receita de US$ 1,4 bilhão em 2021.
“O que mais chega para gente aqui é empresa, o mundo corporativo tradicional, querendo montar operação de fintech para atender sua cadeia de fornecedores, clientes e funcionários”, conta Pedro Begotti, head de novos negócios do Banco ABC Brasil.
Ele participou do quinto episódio da segunda temporada do Podtransferir, o podcast da Transfeera em parceria com o Finsiders.
Para o executivo, o próximo “grande mercado que vai explodir” é o de empresas e indústrias de diversos setores querendo fazer “mini bancos” para seus distribuidores e fornecedores.
“E a oferta vai muito além do básico de pagamentos, emissão de boletos, TED, Pix”, argumenta. “É muito mais do que banking, é também inteligência”, diz ele, em outro trecho do episódio.
Em entrevista concedida a Fernando Nunes, cofundador e CMO da Transfeera, e Danylo Martins, fundador e publisher do Finsiders, Pedro também diz ver muitos pontos de melhoria no Open Banking, agora chamado Open Finance.
“Open Banking não é igual Pix. O Pix pegou, e os números comprovam. O Open Banking não está legal, a experiência não está boa. Se está difícil para quem trabalha em bancos e conhece fluxos financeiros, imagina para o povão?”, avalia.
Clique para ouvir o episódio na íntegra.
O PodTransferir é produzido por Júlia Mallmann, Kely Ribeiro, Willian Becher e Danylo Martins. Edição da BZT Áudio.
Ouça os episódios anteriores:
Banking + marketplace: a receita do Inter para fidelizar o cliente
Como o tratamento de dados impacta os players do setor financeiro
Novas tecnologias e regulações habilitam ‘invisible banking’
Por que o ‘embedded finance’ ganha força mundo afora, inclusive no Brasil