Pix é o segundo meio de pagamento mais aceito por e-commerces

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O Pix já é o segundo meio de pagamento mais aceito pelo e-commerce brasileiro. A modalidade tem agora uma adesão de 78%, mesmo percentual do boleto, de acordo com a edição de julho de um estudo sobre pagamentos feito pela consultoria Gmattos.

Em janeiro do ano passado, o Pix — que na época, tinha cerca de dois meses de vida, diga-se de passagem — era o quinto colocado no ranking, aceito por 16,9% dos comércios virtuais no Brasil, enquanto a aceitação do boleto era de 74,6%. Na edição de maio de 2022, enquanto o boleto ostentava uma aceitação de 76,3%, o Pix já atingia 74,6%. Em julho, ambos parearam nos 78%.

O forte crescimento tem a ver, inclusive, com o fato de vários lojistas oferecerem incentivos para os clientes pagarem por suas compras com Pix: descontos de 3% a 10% foram observados em 24% das lojas que aceitam a modalidade, um tipo de estratégia que vem se tornando cada vez mais comum, segundo o levantamento.

“Fica claro que o Pix se tornará a forma preponderante de pagamento à vista para os lojistas, mas não eliminará de vez os boletos”, analisa Gastão Mattos, cofundador e CEO da Gmattos, em nota.

Na liderança do ranking de meios de pagamento no e-commerce local, segue absoluto o crédito, com 98,3% de aceitação, mostra a pesquisa, que a partir desta edição também passa a monitorar o chamado ‘buy now, pay later’ (BNPL) — em outras palavras, o ‘crediário digital’.

De acordo com o estudo, em julho, 15,5% das lojas online ofereciam algum tipo de parcelamento do tipo BNPL. As ofertas nesse grupo foram por meio de bancos e crediário próprio (8,5%) e via fintechs (7% dos casos).

Em quarto lugar no ranking, aparecem as wallets, que apresentaram ligeira oscilação positiva entre maio e julho –- de 45,8% para 47,5%. O débito se mantém em quinto lugar, no patamar de 30%.

A edição de julho do Estudo de Pagamentos Gmattos analisou 59 lojas online de destaque no mercado brasileiro, dos mais diversos segmentos, as quais, juntas, representam 85% do comércio eletrônico do país. A maior parte das observações ocorreu entre os dias 01 e 02 de julho de 2022.

Popularização do Pix

Em menos de dois anos de existência, o Pix já bateu quase 132 milhões de usuários e mais de 478 milhões de chaves, de acordo com as estatísticas do Banco Central (BC), com dados até o fechamento de julho.

Um dos grandes desafios é justamente a aceitação do pagamento instantâneo no varejo (físico e online). Em lojas presenciais, as modalidades Pix Saque e Pix Troco — lançadas há menos de um ano — podem ajudar nesse sentido, mas ainda representam uma fatia ínfima do volume total de operações no Pix.