Brasil é sétimo país em adoção de criptomoedas, mostra estudo

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O Brasil é o sétimo país com maior adoção de criptomoedas no mundo, segundo o Índice Global de Adoção de Cripto 2022 da Chainalysis, plataforma especializada em blockchain, conforme reporta o site de notícias Blocknews, parceiro de conteúdo do Finsiders.

Isso mostra que o país subiu sete posições em relação ao levantamento anterior. Além disso, o estudo aponta que os brasileiros estão em sétimo ou oitavo lugar em quatro dos subíndices que mostram a forma de adoção – por exemplo, uso de exchanges centralizadas. Mas, no índice de transações peer to peer (P2P) está na 113ª colocação. Um total de 154 países foram analisados.

Essa baixa adesão ao P2P mostra que os brasileiros preferem negociar criptos com algum intermediário. Ao contrário do Vietnâ, por exemplo, que ficou em segundo lugar em P2P e em primeiro lugar na adoção de criptomoedas, nesse caso, pela segunda vez consecutiva. Na América Latina, países com posições bem mais altas em P2P estão Argentina (26ª), Colômbia (10ª) e Equador (6ª), um reflexo da saúde das moedas oficiais desses países, diz a Chainalysis.

De acordo com a Chainalysis, a adoção de criptomoedas caiu durante o inverno cripto, mas se mantém acima dos níveis pré-recordes de 2021. Portanto, sugeres que “muitos daqueles que foram atraídos pelos preços em alta (das criptos) ficaram por perto e continuam a investir uma parte significativa de seus ativos em criptoativos”, afirma a Chainalysis.

Leia também: De percepção de luxo a inflação fazem latino-americanos usarem criptos, diz Paxos

Entre o Vietnã e o Brasil no ranking geral estão Filipinas, Ucrânia, Índia, Estados Unidos (EUA) e Paquistão, nessa ordem. Os mercados emergentes dominam o índice. Dezoito dos vinte países do ranking de maior adoção têm economias emergentes ou em desenvolvimento. A exceções são EUA e Reino Unido. “Esses mercados tendem a adotar Bitcoin e stablecoins mais facilmente do que outros países”, afirma a consultoria. Os norte-americanos e os chineses subiram três posições, indo para o quinto e o décimo lugar.

Essa tendência de dominância dos emergentes já tinha sido detectada no levantamento anterior. A composição do ranking dos vinte maiores mercados é a seguinte:

• Economias com baixa renda: Vietnã, Filipinas, Ucrânia, Índia, Paquistão, Nigéria, Morrocos, Nepal, Quênia e Indonésia
• Economias de renda média: Brasil, Tailandia, Rússia, China, Turquia, Argentina, Colômbia e Equador
• Economias de alta renda: EUA e Reino Unido

Outro estudo, este divulgado pela Paxos, indica o Brasil como líder na América Latina. A região tem um especial interesse em stablecoins, dados os problemas com diversas moedas locais e a inflação.