Na 'era do breakeven', a CloudWalk mostra resultado

A CloudWalk, dona da maquininha da InfinitePay, vem já há algum tempo se posicionando como uma plataforma global de pagamentos. Com um leque de soluções com tecnologia blockchain, banco digital, empréstimos, cartões com cashback e venda online, a empresa parece colher os frutos dessa estratégia.

Em março, a CloudWalk bateu um faturamento anualizado de R$ 678 milhões, ou seja, US$ 138 milhões em 12 meses. No primeiro trimestre, o lucro da fintech foi de R$ 54 milhões, enquanto a receita líquida ficou em R$ 149 milhões, aumento de 183% em comparação com o período entre janeiro a março do ano passado — algo importante em um momento em que as startups olham mais para o breakeven.

Para isso, a fintech tem feito alguns movimentos importantes. Em junho do ano passado, lançou a própria blockchain para ganhar espaço nos pagamentos com criptomoedas. Em novembro, recebeu a licença do Banco Central para operar como instituição de pagamento (IP), o que a permitiu colocar no mercado o InfiniteBank (soluções bancárias) e o InfiniteCard (cartão de crédito), além do desenvolvimento relatórios mais estruturados para os clientes.

“Essas soluções inovadoras têm conquistado cada vez mais adeptos e mostram como a tecnologia pode impulsionar e simplificar os negócios de maneira acessível. Toda a disrupção que criamos visa democratizar o mercado financeiro e dar ainda mais força aos pequenos e médios negócios”, afirma Luis Silva, fundador e CEO da CloudWalk, em nota.

Ascensão rápida

Fundada em 2019, a fintech já levantou US$ 350 milhões em investimentos. O último round, em novembro de 2021, injetou US$ 150 milhões no caixa e levou a companhia ao status de unicórnio, com um valuation de US$ 2,15 bilhões. No captable, estão fundos globais como Coatue Management, DST Global, FIS, The Hive, Valor Capital e Plug and Play Ventures.