Leia as edições anteriores da Finsiders
Bitz, do Bradesco, faz primeira aquisição
O Bitz, carteira digital do Bradesco, anunciou na semana passada a compra da fintech DinDin, que atua no segmento desde 2016. A startup foi fundada pela administradora de empresas Stéphanie Fleury, primeira mulher a vender uma fintech ao Bradesco.
Com a operação, de valor não divulgado, a carteira de clientes da DinDin será incorporada pelo Bitz, e a empreendedora continuará como CEO da fintech e assumirá a diretoria comercial do Bitz.
Foi a primeira aquisição da nova empresa do banco, que deve fazer outra compra de empresa ainda este ano, com o objetivo de acelerar a estruturação da equipe e crescer o negócio.
No ar oficialmente há três semanas, o Bitz nasce um ano depois que o Itaú Unibanco lançou o iti. Com investimento de R$ 100 milhões no primeiro ano de operação, a carteira digital do Bradesco quer abocanhar entre 20% e 25% do segmento em três anos.
A aposta é no ecossistema e na solidez do segundo maior banco privado do país, como me contou Curt Zimmermann, CEO do Bitz, em entrevista recente ao Valor. “A gente quer atingir um público que está carente de serviços financeiros”, diz.
A concorrência no mercado de wallets vem ficando mais acirrada. O banco vai enfrentar nomes como PicPay, com 32 milhões de usuários (16 milhões ativos), e Mercado Pago, que já deu entrada no BC para virar instituição financeira, conforme noticiou a Finsiders.
O Santander Brasil anunciou na última semana a compra de 60% da Toro Investimentos por valor não revelado. Caso a transação seja aprovada, a marca Pi Investimentos, plataforma criada pelo banco espanhol no ano passado, deixará de existir e só vai emprestar suas cores para a Toro.
O atual CEO da fintech mineira, Gabriel Kallas, seguirá no comando da nova companhia, enquanto José Clemenceau Assad Jr., atual CEO da Pi, deverá assumir a função de diretor de operações. Ex-executivo da Getnet, ele entrou no lugar de Felipe Bottino há dois meses.
A transação, sujeita à aprovação das autoridades, envolverá compra de ações, aumento de capital e aporte de ativos operacionais da Pi. Em comunicado ao mercado, o Santander diz que a efetivação da operação estará sujeita à celebração dos instrumentos definitivos e à implementação de determinadas condições usuais nesse tipo de transação, incluindo as aprovações regulatórias aplicáveis.
Fundada em Belo Horizonte há dez anos, a Toro iniciou a operação como corretora voltada ao público de varejo em 2018. A Pi, por sua vez, foi lançada em março de 2019 como uma plataforma aberta de investimentos, que inclui mais de 240 produtos de renda fixa em uma plataforma B2B para family offices, consultores e gestores de investimentos. Na prática, foi a aposta do banco espanhol para não perder o bonde de um mercado cada vez mais concorrido.
O deal entre Pi e Toro ocorre três semanas depois que o Nubank divulgou a aquisição da Easynvest. Em agosto, a Neon comprou a Magliano. Em junho, o Credit Suisse fechou um acordo para comprar 35% do modalmais.
A Guide, controlada pela Fosun (dona também da Rio Bravo), estaria à venda pelo grupo chinês, segundo noticiou o Valor Econômico no início deste ano. Em fevereiro, a Órama — que tem o Grupo Globo entre os acionistas — vendeu 25% do negócio para a seguradora SulAmérica.
EXCLUSIVO: Wuzu vai levantar R$ 1,7 milhão
A curitibana Wuzu, fintech que conecta múltiplas exchanges, abriu uma nova rodada de captação para levantar cerca de R$ 1,7 milhão, sendo R$ 1 milhão pela plataforma de equity-crowdfunding CapTable e o restante (R$ 700 mil) com fundos.
Desse valor, R$ 500 mil foram captados com um fundo, que deve ser divulgado em breve, e os outros R$ 200 mil será fechado até o fim do mês com outro fundo, conta com exclusividade à Finsiders o cofundador e CEO da empresa, o economista Anderson Nery.
Fundada em 2017, a fintech desenvolveu uma plataforma completa de negociação de ativos, com back office, tokenização, módulo financeiro de controle, cadastro, compliance, que serve para diversos mercados, entre eles, commodities, bitcoin, energia e outros. “Estamos olhando para tudo que não é valor mobiliário”, explica Nery.
A empresa desenvolveu, por exemplo, o primeiro Security Token Offering (STO) de uma instituição financeira no Brasil, para o BTG Pactual, que emitiu o ReitBZ, token com lastro em imóveis.
Desde o início da operação, há três anos, a fintech atraiu investimentos de Duxx Investimentos, Bossa Nova e SuperJobs Ventures. Com a nova rodada, uma espécie de “bridge” antes da Série A prevista para 2021, a Wuzu planeja aumentar o leque de produtos e ganhar mercado, diz Nery.
Alterbank capta R$ 2 milhões e vai levantar mais R$ 400 mil
O Alterbank, conta digital para usuários de criptoativos, concluiu em menos de uma semana a captação de R$ 2 milhões por meio da plataforma de equity-crowdfunding CapTable, da StartSe. A informação foi antecipada à Finsiders.
Por causa da alta demanda, a fintech abriu um round adicional (overfunding) para levantar mais R$ 400 mil, ou 20% além da meta inicial, teto permitido pela CVM. A nova regra da autarquia entou em vigor em agosto e vale para ofertas até dezembro deste ano [Leia a notícia completa]