
O FitBank, provedora de infraestrutura de pagamentos, levantou uma rodada de R$ 30 milhões — R$ 10 milhões aportados pela CSU, especializada em soluções tecnológicas para meios de pagamento, customer experience e fidelização e incentivo de clientes. O round contou tambem com a participação dos atuais acionistas, que assinaram um cheque de R$ 20 milhões. O valuation foi de R$ 280 milhões.
Com o aporte, a CSU se junta ao J.P. Morgan no captable, que comprou uma fatia minoritária no negócio no ano passado. Além do banco americano, a fintech tem entre os investidores nomes como Marcelo Maisonnave, ex-XP e sócio-fundador da Warren, e Alejandro Vollbrechthausen, ex-CEO do Goldman Sachs no Brasil. Com dinheiro no caixa, a fintech vai acelerar os planos de expansão internacional.
Segundo Marcos Ribeiro Leite, CEO da CSU, o investimento no FitBank inaugura a estratégia de aquisição de participações em negócios complementares no ecossistema de pagamentos brasileiro, ao mesmo tempo em que a empresa desenvolve a implantação de oferta própria de operacionalização de banking as a service (BaaS).
“A entrada da CSU no nosso quadro de acionistas é extremamente estratégica e sinérgica para ambas as empresas, principalmente por sua forte presença no mercado de cartões e meios de pagamento, o que dará grande impulso na nossa estratégia de cross-selling iniciada no ano passado com a associação com o JP Morgan. Juntos vamos atender os clientes atuais da CSU e novos clientes em seus desafios de infraestrutura de pagamentos. Nossa origem foi voltada ao atendimento de fintechs, mas hoje já avançamos também nas instituições incumbentes, que perceberam o valor da nossa oferta. Este novo aporte é prova disso”, diz em nota Otavio Farah, CEO do FitBank.
Ricardo Leite, diretor de RI da CSU assume agora uma posição no board da fintech e diz que as empresas têm “um acordo comercial de longo prazo para desenvolvimento de negócios, o que irá fomentar o crescimento de ambas as companhias”. Para João Chacha, investidor da fintech e ex-executivo do Goldman Sachs, ter dois parceiros estratégicos como CSU e J.P. Morgan habilita a startup para uma próxima fase. “Nela buscaremos atrair investidores financeiros que miram empresas que tenham os ingredientes para se tornarem consolidadores e abrir capital”, afirma em nota.
Hoje, o FitBank atende mais de 100 ecossistemas de pagamento diversos setores, incluindo bancos, fundos de investimento, varejistas, escritórios de contabilidade, postos de combustíveis, consultórios odontológicos. Por mês, a plataforma transaciona mais de R$ 2 bilhão.
A fintech foi fundada em 2015 por Otavio Farah e Rener Menezes. Farah foi responsável por desenvolver soluções de pagamento da Repom, empresa de gestão de fretes comprada pela francesa Edenred em 2012. Já Menezes foi líder de tecnologia e sócio da WeFit, empresa que prestava serviços para a Repom.
A rodada com a CSU foi assessorada pelo escritório Barros Pimentel Advogados.