Franq, plataforma para bancários autônomos, já atrai players internacionais

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A Franq Openbank, plataforma digital que nasceu para ser a intermediação entre bancos e fintechs e bancários autônomos ou “personal bankers”, nasceu em 2018 e já está atraindo o interesse de empresas internacionais. De acordo com o fundador e CEO da fintech, Paulo Silva, a empresa não tem concorrente direto no Brasil e lá fora o que se vê são fintechs similares.

“Lá fora existem várias empresas especializadas em grupo de produtos, nós englobamos tudo num único lugar. Por isso estamos sendo procurados por franquias internacionais para levar o modelo para lá”, diz em entrevista ao Finsiders, revelando que está aberto a possíveis conversações sobre a internacionalização do negócio.

Depois de se cansar da vida de executivo de banco, onde atuou por mais de 30 anos em grandes instituições como Banco do Brasil (BB), HSBC, Citi e Santander, Silva resolveu mudar para Florianópolis em busca de uma vida mais tranquila. Mas o objetivo durou pouco tempo e, depois de conversar com muitos colegas bancários, percebeu o gap que havia na distribuição dos produtos bancários.

“Devo ter conversado com umas 300 pessoas e comecei a perceber que montar um fintech com produtos bancários é muito fácil, a grande dor é a distribuição.”

A partir dessa constatação, o executivo começou a desenvolver o MVP da Franq. Ao lado dele, estão Daniel Fuchs Ferretti — um executivo experiente de marketing, ex-Santander, Sicredi, Cardif BNP Paribas e Citibank–; Felipe Giroleti Melatte (ex-Santander e Banrisul); Adriano Carneiro (ex-Citi) e Gustavo Hartmann (ex-Tribal Group).

Atualmente, a Franq tem 1,7 mil personal bankers e a meta é atingir 5 mil até o final de 2021 e 25 mil em três anos. Para ser um personal banker, o indivíduo precisa ter sido bancário por, no mínimo, cinco anos. A partir daí, coloca os dados básicos na plataforma, passa por uma triagem e, se tudo estiver certo, é aprovado em até três dias. “Essa triagem é para conhecer um pouco sobre o histórico profissional de cada um e direcionar os produtos que ele tenha maior conhecimento”, explica.

O empreendedor explica que o indivíduo não precisa ser exclusivo da Franq mas, por questões éticas, a fintech não aceita funcionários de bancos. Após ser aprovado, o personal banker desembolsa R$ 200 por mês para utilizar a plataforma e mais 20% de toda a remuneração que recebe dos bancos — a plataforma não cobra das instituições financeiras.

Hoje, a Franq soma cerca de 35 parceiros entre instituições financeiras e fintechs (como Santander, Itaú Unibanco, Creditas, CashMe, BizCapital, Porto Seguro, entre outras) e oferece em sua plataforma diversos tipos de produtos como: cartões de crédito, crédito sem garantia, seguros, investimentos, crédito imobiliário, entre outros.