Jornada de fundraising para empresas tech no Brasil, por João Vitor Carminatti

​Um conteúdo STARK


Por João Vitor Carminatti, cofundador e CEO da STARK

Se você é um empreendedor à frente de uma empresa inovadora que busca atrair um sócio-investidor de primeira linha, este artigo é para você. Antes de começar, vale lembrar que o melhor momento para atrair um sócio-investidor é ‘quando você não precisa do capital para continuar entregando excelentes resultados’. Antes de falar sobre as melhores práticas na jornada do fundraising, uma dica.

A STARK discutiu o assunto na live “Do 1º aporte ao exit: como os investidores de tech pensam”, no dia 27 de abril, com participação de Paulo Passoni, managing investment partner do SoftBank; Guilherme Lima, senior associate da Astella; e João Kepler, CEO da Bossa Nova Investimentos. O evento teve o apoio da Capitalz, fintech que busca democratizar o mercado de Venture Debt para o ecossistema de tecnologia.

Agora vamos às recomendações para um bom fundraising:

O comprometimento do fundador com o processo de fundraising deve ser total. Limpe a agenda e se envolva pessoalmente na preparação e especialmente na etapa de roadshow. Fundraising é um processo binário: ou você está ON ou OFF. Importante também estar alinhado com seus sócios quanto à decisão de captar. Pense o quão frustrante é ter um investidor engajado e ter de lidar com conflitos societários paralelamente.

Garanta que você tem uma visão de futuro clara para a empresa. Para isso, defina a estratégia de crescimento e o volume de capital necessário para financiá-la. Construa projeções financeiras realistas e esteja preparado para defendê-las, afinal você não quer ter dez reuniões agendadas com investidores sem saber o quanto deseja captar ou qual o valuation alvo da rodada.

Organize os números. Isso significa ter na palma da mão a evolução mensal da demonstração de resultados financeiros (DRE, balanço e fluxo de caixa) e principais ‘unit economics’ (número de clientes, ticket médio, CAC, LTV, churn etc.) da empresa.

Nas negociações, algumas alternativas para lidar com a pressão pelo “go” ou “não-go” e ganhar algum tempo para tomada de decisão são:

1.) A revisão do documento por um advogado especializado;
2.) Uma contraproposta para o fundo “apressadinho”;
3.) Agilizar a comunicação com os demais participantes do processo para acelerar a competição pelo deal.

Outras dicas importantes para uma boa jornada de fundraising:

  • Prepare um pitch deck para guiar suas apresentações;
  • Faça uma lista de potenciais investidores e pesquise o perfil dos fundos;
  • Aborde os investidores simultaneamente, e não de forma sequencial;
  • Nunca saia de uma reunião sem antes perguntar qual o próximo passo;
  • Faça a gestão do tempo para equilibrar fundos mais e menos ágeis

Alguns temas importantes (e não tão óbvios) para prestar especial atenção:

  • Vesting: se você se comprometeu com acordos de vestings ainda não oficializados com o seu time ou espera ter novas rodadas de vesting no futuro, é importante ter a anuência contratual do investidor entrante;
  • Não diluição: fique atento a esta cláusula. É comum o sócio-investidor propor uma métrica para não diluição de sua participação. Isso faz parte do jogo, até um patamar máximo – seja até determinado valuation ou montante de nova rodada futura;
  • Poder de veto: é esperado que o sócio-investidor exija poder de veto sobre determinadas matérias como aquisições, pedidos de falências, despesas extraordinárias superiores a R$ XX. Fique atento e garanta que não esteja sendo exigido controle excessivo ou micro-management.
  • Lock-up: normalmente é exigido que os fundadores fiquem um período sem poder vender suas ações. Isto é razoável, uma vez que grande parte do que os investidores estão buscando é o capital intelectual dos fundadores, garanta que você está de acordo com os termos.


O fundraise é uma “ciência multisciplinar” onde as chances estão contra você, probabilisticamente. O êxito depende de sua empresa se destacar no meio da multidão para despertar interesse do investidor; possuir informações claras e organizadas da empresa, estar no timing ideal e conseguir defender o plano de crescimento; e negociar o valor do aporte, diluição e termos de governança que sejam favoráveis.

Lembre-se que o fundraise é o meio e não o fim. Quanto mais curto e eficaz for o processo, antes você estará liberado para voltar a focar na tração da empresa.

Acesse o site da STARK.

Agora vamos às recomendações para um bom fundraising:

O comprometimento do fundador com o processo de fundraising deve ser total. Limpe a agenda e se envolva pessoalmente na preparação e especialmente na etapa de roadshow. Fundraising é um processo binário: ou você está ON ou OFF. Importante também estar alinhado com seus sócios quanto à decisão de captar. Pense o quão frustrante é ter um investidor engajado e ter de lidar com conflitos societários paralelamente.

Garanta que você tem uma visão de futuro clara para a empresa. Para isso, defina a estratégia de crescimento e o volume de capital necessário para financiá-la. Construa projeções financeiras realistas e esteja preparado para defendê-las, afinal você não quer ter dez reuniões agendadas com investidores sem saber o quanto deseja captar ou qual o valuation alvo da rodada.

Organize os números. Isso significa ter na palma da mão a evolução mensal da demonstração de resultados financeiros (DRE, balanço e fluxo de caixa) e principais ‘unit economics’ (número de clientes, ticket médio, CAC, LTV, churn etc.) da empresa.

Nas negociações, algumas alternativas para lidar com a pressão pelo “go” ou “não-go” e ganhar algum tempo para tomada de decisão são:

1.) A revisão do documento por um advogado especializado;
2.) Uma contraproposta para o fundo “apressadinho”;
3.) Agilizar a comunicação com os demais participantes do processo para acelerar a competição pelo deal.

Outras dicas importantes para uma boa jornada de fundraising:

  • Prepare um pitch deck para guiar suas apresentações;
  • Faça uma lista de potenciais investidores e pesquise o perfil dos fundos;
  • Aborde os investidores simultaneamente, e não de forma sequencial;
  • Nunca saia de uma reunião sem antes perguntar qual o próximo passo;
  • Faça a gestão do tempo para equilibrar fundos mais e menos ágeis

Alguns temas importantes (e não tão óbvios) para prestar especial atenção:

  • Vesting: se você se comprometeu com acordos de vestings ainda não oficializados com o seu time ou espera ter novas rodadas de vesting no futuro, é importante ter a anuência contratual do investidor entrante;
  • Não diluição: fique atento a esta cláusula. É comum o sócio-investidor propor uma métrica para não diluição de sua participação. Isso faz parte do jogo, até um patamar máximo – seja até determinado valuation ou montante de nova rodada futura;
  • Poder de veto: é esperado que o sócio-investidor exija poder de veto sobre determinadas matérias como aquisições, pedidos de falências, despesas extraordinárias superiores a R$ XX. Fique atento e garanta que não esteja sendo exigido controle excessivo ou micro-management.
  • Lock-up: normalmente é exigido que os fundadores fiquem um período sem poder vender suas ações. Isto é razoável, uma vez que grande parte do que os investidores estão buscando é o capital intelectual dos fundadores, garanta que você está de acordo com os termos.


O fundraise é uma “ciência multisciplinar” onde as chances estão contra você, probabilisticamente. O êxito depende de sua empresa se destacar no meio da multidão para despertar interesse do investidor; possuir informações claras e organizadas da empresa, estar no timing ideal e conseguir defender o plano de crescimento; e negociar o valor do aporte, diluição e termos de governança que sejam favoráveis.

Lembre-se que o fundraise é o meio e não o fim. Quanto mais curto e eficaz for o processo, antes você estará liberado para voltar a focar na tração da empresa.





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