Nubank inicia oferta de fundos multimercados no app

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O Nubank começou a fazer testes dos primeiros produtos de investimentos. A oferta começa nos próximos dias para alguns grupos de clientes. Nessa fase, os produtos incluem três alternativas de fundos multimercados e – até o lançamento para a base total de usuários nos próximos meses – mais recursos e opções serão implementados.

Segundo nota à imprensa enviada pelo banco digital, os multimercados inicialmente disponíveis têm calibração de risco a partir de composição diversificada em fundos de renda (juros prefixados, juros real/inflação e juros pós-fixados), fundos de renda variável no Brasil e no exterior, além de investimentos que tenham como índice a cotação do ouro e do dólar. Os nomes escolhidos para os multimercados foram: Nu Seleção Cautela, Nu Seleção Equilíbrio e Nu Seleção Potencial.

Os produtos aceitam aplicações a partir de R$ 1. As taxas de administração variam de 0,3% a 0,5%, de acordo com o fundo em que o valor for investido. Sobre o investimento, incide também a taxa de administração dos fundos que compõem os multimercados do banco digital, com variação de 0,17% a 0,28%.

A seleção das opções de investimento é feita por um time dedicado à gestão de ativos. A experiência de investimentos é integrada à conta no neobank. As aplicações podem ser feitas diretamente a partir do saldo disponível, dispensando transferências, totalmente pelo app. Como de praxe, por questões de suitability, os clientes poderão investir nos fundos de acordo com o seu perfil de risco.

“Atualmente, o Brasil registra mais de R$ 1 trilhão aplicado em poupança, além de em grande parte das vezes o atendimento ser precário. Este é mais um passo que o Nubank dá em direção à real democratização das possibilidades de investimentos no Brasil, com simplicidade e de forma acessível”, afirma em nota Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank.

A oferta dos fundos é a primeira iniciativa do Nubank no mercado de investimentos, desde que o banco digital fechou a compra da Easynvest, anunciada em setembro do ano passado e que ainda depende de aprovação do Banco Central (BC). Os negócios seguem operando de maneira independente e, tão logo seja comunicada a aprovação pelo regulador, serão dados os próximos passos para iniciar a integração dos serviços, informa o Nubank.

A gestora própria do Nubank, a Nu Investimentos, começou a funcionar no ano passado, a princípio para administrar o caixa da empresa. A instituição soma asset under management (AuM) de R$ 39,5 milhões, conforme os dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) — além dos multimercados, a gestora tem um produto de renda fixa e um de ações.

A fintech lembra, ainda, que os depósitos na conta digital e na função “guardar dinheiro” continuam rendendo 100% do CDI, assim como desde o ano passado o banco digital oferece a funcionalidade de ‘resgate planejado’, com rendimentos de até 112% do CDI, dependendo do prazo de resgate escolhido.

Além de investimentos, a fintech vem avançando em outros setores, como seguros. Em 2020, lançou um produto de vida, em parceria com a Chubb. No fim de fevereiro, o seguro de vida somava mais de 100 mil contratos ativos e mais de R$ 10,5 bilhões em cobertura.

Em 2020, o prejuízo líquido do Nubank foi 26% menor no ano passado, ante 2019. No total, o neobank teve perdas de R$ 230 milhões em 2020, contra R$ 312 milhões no ano anterior. Em março, o banco digital superou 35 milhões de clientes, sendo 21 milhões que possuem o cartão de crédito roxinho e 32,5 milhões, a conta digital.

Vale lembrar que, em 2020, o Nubank fez outras duas aquisições (Cognitect e Plataformatec) além da Easynvest e deu início à sua operação na Colômbia. Ainda no ano passado, o banco digital levantou US$ 300 milhões e, em janeiro de 2021, recebeu sua rodada Série G de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões), atingindo valuation de US$ 25 bilhões.

Recentemente, a fintech anunciou a chegada do novo CTO e divulgar um investimento de US$ 135 milhões em sua unidade mexicana, o Nu México.

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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