Exclusivo: Jeitto prevê conceder R$ 600 milhões em crédito em 2021

Foto: Pexels
Foto: Pexels

O Jeitto, fintech com forte atuação no segmento de desbancarizados, encerrou o primeiro trimestre do ano com um 1 milhão de clientes, um aumento de 42,85% sobre os 700 mil clientes atingidos no final de 2020. O total de créditos concedidos somou R$ 100 milhões, número 16 vezes maior que o resultado do mesmo período de 2020. As informações foram antecipadas com exclusividade ao Finsiders.

Segundo cofundador da fintech, Carlos Barros, a pandemia da covid-19 foi um fator indireto que contribuiu para o crescimento da fintech, já que muitas pessoas perderam suas rendas e precisaram ir atrás de alternativas, como um empréstimo, para honrar os seus compromissos. No entanto, os recursos avançados em inteligência artificial permitiram à fintech entender melhor a necessidade desse público e desenvolver um produto cujo propósito é trazer segurança financeira para as pessoas e evitar o super endividamento.

Embora o crescimento tenha sido significativo, a fintech tem muito apetite para crescer. Até o fim do ano, a meta é alcançar 2 milhões de clientes e R$ 600 milhões em crédito concedido. Para isso, o Jeitto está trabalhando em novos serviços. Entre os próximos lançamentos, estão previstos preços dinâmicos, tíquetes maiores de empréstimos, parcerias com hubs de saúde e educação que tenham o tíquete médio similar ao da Jeitto, além do recente lançamento do empréstimo parcelado para clientes que já tenham um histórico de relacionamento com a fintech.

Barros revelou que a operação já atingiu o “breakeven operacional” e parte do funding já foi equacionado. No entanto, ele não descarta um acordo operacional que tenha “muita sinergia com o nosso negócio”. “Hoje, acreditamos mais num parceiro estratégico do que uma nova captação”, pondera.

A empresa, que nasceu em 2016, após dois anos testando algoritmos de fraude e crédito, contou com as economias de Barros e do seu sócio e CEO, Fernando Silva. “Fizemos o primeiro seed-money com as nossas economias e também colocamos em garantia alguns ativos para fazer o laboratório, demonstrar os números e comprovar o market fit do negócio”, explica, acrescentado que nesta fase foram investidos cerca de R$ 5 milhões.

Hoje, além do investimento inicial, a fintech já levantou um total de R$ 50 milhões que vieram de investidores de family office, em duas rodadas que aconteceram em 2017 e 2019.

O segmento de desbancarizado continua atraindo o interesse de várias fintechs. A Simplic, por exemplo, quer ampliar a oferta de produtos de crédito para reste segmento, conforme o Finsiders noticiou. Noverde, Conta Zap, SuperSim, Click Cash, Grão, Inove Banco e Veriza também estão oferecendo serviços e produtos para este público. Muitas dessas, inclusive, estão capitalizadas para suportar o crescimento das operações e do volume de empréstimo. O alt.bank é um exemplo. Acaba de levantar uma Série A, e vai lançar conta para MEI e novos produtos de crédito.

(Por Alessandra Taraborelli, para o Finsiders)

Leia também:

SuperSim contrata CFO e quer acelerar modelo ‘lending as a service’

alt.bank capta Série A e vai lançar produtos de crédito e conta para MEI

Fintech sueca FinanZero levanta R$ 40 milhões (como antecipamos)