Pesquisa feita em conjunto pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e a KPMG sobre investimentos de fundos de Venture Capital (VC) e Private Equity (PE) no país no primeiro trimestre mostra que as fintechs e insurtechs atraíram 24% dos recursos. Considerando apenas os investimentos de VC, o percentual também é alto: 18%. O investimento médio por empresa cresceu em relação ao primeiro trimestre do ano passado, assim como a quantidade total de empresas investidas.
Os investimentos somaram R$ 10,7 bilhões, o maior volume para um período de três meses desde quando começou a série histórica, em 2020, e representa um crescimento de 87% sobre o mesmo período do ano passado.
A indústria de VC totalizou R$ 8,8 bilhões em transações, ante R$ 1,9 bilhões do segmento de PE. Movimento semelhante foi registrado em 2020, quando os investimentos anuais em VC ultrapassaram o volume aportado em PE pela primeira vez na história.
“Apesar da pandemia, a disrupção tecnológica e a multiplicação de empreendedores brasileiros de nível mundial criam as condições para que a indústria de VC viva um excelente momento no país”, diz Piero Minardi, presidente da ABVCAP. “O crescimento de empresas como as fintechs tem pouca correlação com a o PIB, enquanto o PE oscila mais em função do ambiente econômico, que tem sido bastante desafiador. Apesar do momento difícil da economia, a indústria de PE continua desempenhando papel notável na construção do mercado de capitais brasileiro e tem capital disponível para acelerar nossa retomada econômica.”