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Fintech de crédito educacional Elleve capta R$ 28 milhões e oferecerá financiamento até para negativados

A Elleve, fintech de crédito educacional fundada em 2020 pelo empreendedor André Dratovsky, acaba de captar R$ 28 milhões em sua primeira rodada de investimento, liderado por sócios da própria fintech e fundos de investimento privados com participações no mercado educacional, bem como startups já consolidadas.

Em nota, a fintech informou que o recurso será empregado em evolução tecnológica (inteligência artificial), contratação e formação de equipes e no modelo sustentável de financiamento. A startup também fez a emissão de debêntures que totalizam R$ 123 milhões e que serão aportados ao longo dos próximos 18 meses. “Isso nos trará solidez e fôlego para suportar o crescimento do volume de alunos financiados. A pandemia acelerou o desenvolvimento do ensino híbrido e cursos à distância.”, explica Dratovsky, fundador e CEO da Elleve, formado em Administração de Empresas pela ESPM e Inovação Empreendedora pela Universidade de Stanford.

Em seu primeiro ano de operação, a empresa tem como desafio atrair e impactar seis mil estudantes e chegar a mais de 30 mil em 2022. Até o momento, já são 60 escolas aderentes e vinculadas aos programas de financiamento como Impacta, Mentorama, Be Academy, FM2S, 4ED, Ironhack, entre outras que, juntas, já somam mais de 40 mil alunos.

Um dos diferenciais da Elleve é oferecer crédito a juro zero em alguns casos – o juro máximo cobrado é 1,99% ao mês. O modelo permite acesso aos jovens, independentemente da situação sóciaeconômica em cursos de profissionalização, gerando emprego e renda no futuro. Do lado das escolas e instituições de ensino, a solução customizada possibilita uma captação maior de alunos, redução no nível de evasão, além de antecipação de mensalidades.

Com o uso da AI, mesmo alunos negativados ou sem nenhum histórico de crédito, conseguem o financiamento dos cursos. Por essa razão, a Elleve tem em seu processo a curadoria das escolas parceiras, garantindo que o esforço do aluno de fato trará ganho em sua trajetória profissional, assim como a sua escolha.

De acordo com dados do último Censo EAD (2016/2017) existem quase 3 milhões de alunos matriculados em cursos livres à distância sejam eles corporativos ou não corporativos. Já segundo o último censo do IBGE, em 2019, o país registrou 9,3 milhões de estudantes no ensino médio, dos quais 7,1% frequentavam algum tipo de curso técnico. Essa modalidade de ensino também foi registrada dentre 49,3 milhões de pessoas que haviam concluído o ensino médio (5,2%). 

O Fórum Econômico Mundial 2021 listou as principais áreas em que estão concentradas as carreiras mais promissoras como: Saúde, Dados e Inteligência Artificial, Engenharia e Computação em Nuvem, Economia Verde, Pessoas e Cultura, Desenvolvimento de produtos, Vendas, Marketing e Conteúdo.  Segundo a pesquisa, essas novas áreas podem criar até 1,7 milhões de novas oportunidades ainda em 2020 e, até 2022, outros 6,1 milhões de empregos devem ser criados.