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Há quase 20 anos no mercado, a Pravaler, uma das maiores plataformas de soluções financeiras para educação do país, está com mais funding para acelerar sua oferta de crédito. A empresa, que começou financiando cursos de graduação e passou a atender também programas de curta duração, acaba de concluir a emissão de R$ 176 milhões em FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).
O montante será voltado para financiar alunos do ensino superior que iniciarão os estudos neste semestre, seja de forma presencial, híbrida ou remota. A classificação destas cotas foi avaliada como “brAAA”, com reafirmação de rating para as demais séries pela S&P. As taxas desta emissão ficaram entre 2,4% e 3,3%, com prazo máximo de 84 meses. A empresa não abre o nome dos investidores envolvidos nesta fase.
O valor aproxima a Pravaler, que tem entre seus principais acionistas o Itaú, da meta de beneficiar 1 milhão de alunos e financiar R$ 10 bilhões até 2025. Até o fim deste ano, a expectativa é de que a plataforma tenha parceria com mais de cem escolas e 5 mil alunos beneficiados.
“Nosso posicionamento é estar o mais amplo possível em relação ao ecossistema de educação, ser um grande consolidador. Estamos muito animados com a reação do mercado”, diz Haroldo Carvalho, CFO do Pravaler, ao Finsiders.
A nova captação se soma a uma emissão de FIDCs no valor de R$ 180 milhões, feita em março, e a R$ 20 milhões captados por meio de debênture em junho, com foco em formação profissionalizante. Nesse último nicho, por exemplo, trata-se de um mercado estimado em 8 milhões de estudantes, ultra-pulverizado, que cresceu muito durante a pandemia, aponta Carvalho.
Com a meta de atingir principalmente os públicos C, D e E, a projeção da Pravaler é chegar a R$ 1 bilhão de carteira nessa especialidade até 2025. Vale ressaltar que em março deste ano, a companhia firmou uma parceria com a startup israelense de avaliação de crédito Innovative Assessments, visando aumentar a taxa de aprovação do benefício estudantil e ampliar o acesso à educação aos brasileiros.
No caso dos alunos de graduação, a Pravaler afirma que o prazo de aprovação de crédito é feita de 2 a 3 dias, salvo que a plataforma ainda realiza a conferência das informações do estudante junto à universidade. Para cursos de curta duração, o processo é instantâneo e demora cerca de 15 minutos para ser aceito. Toda a contratação do serviço é feita de forma digital.
Expectativa
De acordo com a pesquisa “Termômetro de Captação”, realizada em julho pela Educa Insights, 21% dos entrevistados devem iniciar os estudos ainda este ano, impulsionado sobretudo pelo avanço da vacinação contra a covid-19, determinante para a retomada das matrículas.
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A opção por se matricular ainda no segundo semestre de 2021 é 2,4 vezes maior entre os vacinados. Isso representa uma redução de aproximadamente 70% no grau de incerteza na comparação com aqueles que ainda não tomaram a vacina. Os números animadores têm aumentado a esperança da empresa de alavancar o crescimento neste período do ano.
“Estamos super animados e esperançosos com todo esse movimento de vacinação. A expectativa de voltar a estudar dos alunos é alta. A gente prevê um segundo semestre mais forte, com mais gente buscando qualificação. Que tenha mais gente pronta para trabalhar e ajudar o nosso país a aumentar os indicadores de produção”, ressalta Carvalho.
Concorrentes
A Pravaler não está sozinha nesse mercado. A Elleve, que também aposta em crédito para financiar alunos de cursos de curta e média duração, técnicos e profissionalizantes, emitiu uma debênture no valor de R$ 123 milhões em abril, realizada pela securitizadora Travessia, conforme o Finsiders noticiou. Poucos meses depois do início das operações, em janeiro, já fechou parceria com 60 escolas que, juntas, somam mais de 40 mil estudantes.
A Provi, que se posiciona como uma fintech de financiamento estudantil de alto impacto, já financiou cerca de R$ 200 milhões para viabilizar cursos de mais de 60 mil estudantes. Tem parceria com mais de 600 escolas e, também em março, captou R$ 50 milhões por meio de debêntures, em operação feita pela securitizadora Vert.
Carvalho destaca que a empresa acompanha o movimento desses outros players, que estão criando soluções para um mercado grande e segundo ele, ainda sub-penetrado. “A gente vê mais como aliados do que concorrentes nesse caminho de transformar o Brasil. Tem espaço para todo mundo, está em franco desenvolvimento.”
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Giovanni Porfírio é jornalista com cinco anos de carreira, foi editor web no Startupi antes de chegar ao Finsiders. Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós-graduando em Produção e Práticas Jornalísticas na Contemporaneidade na Faculdade Cásper Líbero (FCL), teve passagens, ainda, por RICTV Record Londrina e Folha de Londrina.
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