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Em Resolução publicada agora há pouco, o Banco Central (BC) confirmou o que o Finsiders havia antecipado na quarta-feira (25). A terceira fase do Open Banking — inicialmente prevista para a próxima segunda (30) — foi adiada para 29 de outubro.
No comunicado à imprensa, o órgão só corrobora o que o mercado já estava dizendo há alguns dias. “O pedido feito ao Banco Central decorre da necessidade de ajustes nas especificações técnicas, que comprometeu o prazo para realização de testes para a certificação das instituições”, escreveu o BC.
Os motivos para o adiamento foram vários, conforme as fontes ouvidas pelo Finsiders na matéria publicada na última quarta-feira (25). Os testes com as instituições participantes estão atrasados e o cronograma para a fase 3 havia ficado especialmente desafiador, já que a fase 2 está sendo implementada de forma escalonada. Com um detalhe importante: na segunda fase, há casos de instituições obrigatórias ainda não preparadas, disse outra fonte.
Além disso, nessa terceira fase, são necessárias duas pontas: as APIs do Open Banking, para fornecer os dados para os iniciadores de pagamento; e na outra ponta, ser homologado como instituição de transação de pagamento (o chamado ITP). Nessa figura, são poucas que já estão homologadas, afirma outra fonte.
Implementação completa em 2022
Não é o primeiro adiamento feito pela autoridade monetária recentemente. A segunda fase — que começou a funcionar em 13 de agosto — também havia sido adiada em quase um mês. Já o funcionamento completo do sistema ficou para setembro de 2022. Na prática, o regulador ‘faseou’ mais a implementação do sistema, que passou a ter 9 etapas, entre este ano e 2022.
Em resolução publicada no fim de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) definiram que na fase 3, será possível apenas a iniciação de transações via Pix por iniciadores de transação de pagamento.
Pela proposta original, nessa etapa, estava previsto que todos os meios de pagamento — débito em conta, pagamento com boletos, TED e DOC — fosse compartilhados. Agora, o compartilhamento de serviços de transferências (TED e DOC) ficam para 15 de fevereiro de 2022. Já o serviço de encaminhamento de proposta de operações de crédito foi adiado para 30 de março do ano que vem.
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O compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, seguros, investimentos e previdência, também será escalonado. Prevista para a quarta fase do Open Banking, derivando para Open Finance, essa etapa começa em 15 de dezembro, data em que haverá apenas a troca de informações entre as instituições financeiras, como lista de preços, de produtos e de taxas, ainda sem envolver os dados dos clientes — o compartilhamento de dados transacionais ficará para 31 de maio de 2022.
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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