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Com o objetivo de facilitar o acesso ao ensino superior e profissionalizante no Brasil, o Pravaler, uma das maiores plataformas de soluções financeiras para educação do país, está indo às compras. A empresa acaba de fechar a aquisição da edtech Amigo Edu, a primeira movimentação realizada pela companhia desde a criação de uma área específica para M&As no ano passado.
A transação, que não teve o valor revelado, ainda precisa da aprovação do Banco Central (BC) para ser concluída. A operação aproxima o Pravaler, que tem entre seus principais acionistas o Itaú, da meta de beneficiar 1 milhão de alunos e financiar R$ 10 bilhões até 2025.
Além disso, a empresa passa a ter um marketplace de cursos auxiliando na captação, bolsa para estudantes e vestibular digital para as IES, preparação por meio de testes e simulados online, entre outros produtos.
Há quase 20 anos no mercado, o Pravaler já atendeu mais de 180 mil brasileiros, movimentando mais de R$ 4 bilhões. Com a nova aquisição, a ideia é encerrar 2021 com um faturamento de R$ 300 milhões, bem como financiar mais de R$ 10 bilhões em quatro anos.
“O fato do Amigo Edu ser uma empresa inovadora, com espírito jovem e muita tecnologia, faz com que a gente consiga acessar mais estudantes. Conseguiremos acessar os estudantes não só no momento de ingresso, mas em toda a sua jornada. Vamos ter a possibilidade de oferecer uma solução única, a melhor para o aluno e para a universidade”, explica Haroldo Carvalho, CFO do Pravaler, em entrevista ao Finsiders. Ele não descarta novas aquisições em breve.
Apesar da novidade, o “namoro” entre as duas empresas é de longa data. Em fevereiro deste ano, firmaram uma parceria comercial com o intuito de oferecer mais opções financeiras aos futuros estudantes. “A gente viu o quanto a jornada de financiamento mais digitalização tinha sinergias, o que ao longo do tempo foi evoluindo”, afirma.
Desde a sua criação, em 2019, a edtech fundada por José Roberto Dantas, Bruno Guedes e Yan Tironi já ofertou mais de 20 mil bolsas de estudo em todo o país. A empresa também aposta no vestibular on-line como uma opção segura e economicamente viável para as instituições privadas, e já aplicou 500 mil provas por meio da plataforma.
“Estamos muito entusiasmados para levar toda a nossa expertise de edtech, tecnologia e digital para o Pravaler e agregar ao máximo com a qualidade dos serviços ofertados, assim como com o nosso espírito ágil e inovador”, disse José Roberto Dantas, CEO do Amigo Edu, em comunicado à imprensa. Ele passa a ser líder da unidade de negócio que agora integra o portfólio do Pravaler.
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Crescimento acelerado
No fim do mês passado, o Pravaler concluiu a emissão de R$ 176 milhões em FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). A nova captação se soma a outra da mesma modalidade no valor de R$ 180 milhões, feita em março, e a R$ 20 milhões captados por meio de debênture em junho, com foco em formação profissionalizante.
Com a meta de atingir principalmente os públicos C, D e E, a projeção da Pravaler é chegar a R$ 1 bilhão de carteira nessa especialidade até 2025. O negócio, que começou como um MVP, tem sido uma das grandes veias de crescimento da plataforma, de acordo com Haroldo.
“Estamos conseguindo escalar. O objetivo é atingir 5 mil alunos ainda este ano. Temos observado uma demanda muito grande por cursos de tecnologia, saúde. Pessoas querendo não só melhorar sua condição de vida, mas também querendo crescer dentro de seus próprios empregos.”
Em março deste ano, a companhia firmou uma parceria com a startup israelense de avaliação de crédito Innovative Assessments, visando aumentar a taxa de aprovação do benefício estudantil e ampliar o acesso à educação aos brasileiros.
O Pravaler deve fechar o ano com receita superior a 20% comparado ao ano passado, alimentada pela expectativa dos alunos em voltar a estudar e também reflexo do avanço da vacinação no Brasil. “Para 2022, esperamos um ano com menos vento contra”, disse.
Concorrentes
A Pravaler não está sozinha nesse mercado. A Elleve, que também aposta em crédito para financiar alunos de cursos de curta e média duração, técnicos e profissionalizantes, emitiu uma debênture no valor de R$ 123 milhões em abril, realizada pela securitizadora Travessia, conforme o Finsiders noticiou. Poucos meses depois do início das operações, em janeiro, já fechou parceria com 60 escolas que, juntas, somam mais de 40 mil estudantes.
A Provi, que se posiciona como uma fintech de financiamento estudantil de alto impacto, já financiou cerca de R$ 200 milhões para viabilizar cursos de mais de 60 mil estudantes. Tem parceria com mais de 600 escolas e, também em março, captou R$ 50 milhões por meio de debêntures, em operação feita pela securitizadora Vert. Neste ano, a empresa recebeu mais de 210.000 solicitações de financiamento, somando as áreas de tecnologia e cursos gerais.
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Giovanni Porfírio é jornalista com cinco anos de carreira, foi editor web no Startupi antes de chegar ao Finsiders. Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós-graduando em Produção e Práticas Jornalísticas na Contemporaneidade na Faculdade Cásper Líbero (FCL), teve passagens, ainda, por RICTV Record Londrina e Folha de Londrina.
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