Maioria está disposta a usar redes sociais como método de pagamento

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O Pix completa um ano hoje e, se alguém tinha dúvida de que o brasileiro é um grande adepto às novas tecnologias, o sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC) deixou essa nossa cultura transparente. Estudo que será divulgado nesta terça-feira (16) pela Rapyd, fintech unicórnio fundada em Israel — cujos dados foram antecipados ao Finsiders — dá mais luz à essa nossa característica.

A empresa consultou 435 brasileiros, entre homens e mulheres, de 20 a 65 anos, com o objetivo de avaliar mitos, medos e hábitos relacionados a meios digitais de pagamento. A conclusão é que o consumidor já se sente mais confiante em aceitar ou experimentar alternativas virtuais ao papel moeda ou cartões físicos para realizar transações.

Dentre as alternativas apontadas pelo levantamento, podendo escolher mais de uma opção, 80% marcaram as redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp, por exemplo) ou plataformas como GooglePay e Apple Pay. Esta é uma ótima notícia principalmente aos iniciadores de pagamento, segmento que deve ganhar força a partir de agora, com a fase 3 do Open Banking em vigor. Apenas 9% afirmaram não estarem dispostos a usar alguma dessas novas tecnologias

Porém, conforme Ximena Azcuy, diretora de parcerias e desenvolvimento de negócios para as Américas da Rapyd, a segurança é um grande fator de atenção para atuar no Brasil e, por isso, 36% optaram por criptomoedas e 22% por pagamentos por voz (Siri e Alexa, por exemplo) como alternativas para pagamentos.

Essa resistência fica mais clara em relação a essas duas modalidades, quando questionados “qual tecnologia seria mais difícil de adotar?”, 50% escolheram os métodos por voz e 49%, as criptomoedas.

Ao mesmo tempo, a receptividade dos brasileiros volta a aparecer no estudo quando, embora a maioria (79%) tenha dito que nunca comprou algo a partir das vendas ao vivo nas redes sociais — tendência que só cresce no mundo –, 69% estariam dispostos a comprar.

Claro que essas vendas são muita parecidas àqueles programas de televisão que ainda existem, mas o estudo aponta que a elevada credibilidade que os influenciadores têm conquistado possibilita essa aceitação. Tanto que, em outra questão da pesquisa, 60% dos entrevistados afirmaram que aceitariam contribuir com uma comissão para os influenciadores por conteúdos relevantes.

Exemplo disso são as próprias fintechs apostarem em artistas como Gisele Bündchen, Emicida, Tatá Werneck, Tais Araújo, Ivete Sangalo, Mumuzinho, Luciano Huck, Jojo Todynho e Criolo como forma de atrair clientes.

Para Ximena, os resultados do estudo não surpreendem, só intensificam a visão do quão adeptos à tecnologia nós somos, tudo liderado por um regulador propenso à inovação, que é o Banco Central.

“Se queremos tentar algo novo, pensamos [equipe da Rapyd] no Brasil pela velocidade de aceitação”, resume a executiva. A Rapyd é uma empresa de fintech as a service (FaaS), cuja plataforma unifica mais de 900 métodos de pagamento em mais de 100 países.