Em mais um movimento que comprova quão aquecido está o mercado de investimentos, o Itaú Unibanco anunciou nesta quinta-feira (13) um acordo para aquisição de até 100% do capital social da corretora digital Ideal.
Em fato relevante, o maior banco privado do país informou que a operação será realizada em duas etapas ao longo de cinco anos.
Agora, o Itaú está comprando 50,1% do capital social e votante da Ideal, por meio de aporte primário e aquisição secundária de ações, totalizando aproximadamente R$ 650 milhões. Passados cinco anos, o banco poderá exercer o direito de compra dos 49,9% restantes.
Os sócio-fundadores da Ideal seguirão no comando da companhia, que permanecerá autônoma em relação ao Itaú (isso te lembra alguma transação feita lá atrás pelo banco?).
Com licença de funcionamento obtida em 2019, a Ideal é uma corretora 100% digital e atualmente oferece soluções de trading eletrônico e DMA (direct market access), dentro de uma plataforma flexível e ‘cloud-based’. Hoje, é uma das corretoras líderes em volumes negociados nos mercados da B3.
Em setembro de 2020, a corretora recebeu um aporte de R$ 100 milhões do fundo de Venture Capital Kaszek, que agora está fazendo uma saída parcial após esta transação com o Itaú, segundo o Brazil Journal.
No fato relevante, o Itaú diz que a aquisição reforça o ecossistema de investimentos do banco e pode acelerar a entrada do banco no mercado de agentes autônomos de investimentos (alô, XP e BTG!), assim como aperfeiçoar a distribuição de produtos de investimento para pessoas físicas.
Além disso, a compra da Ideal permitirá a oferta de produtos e serviços financeiros, no formato ‘broker as a service’, em modelo B2B2C por meio de uma plataforma white-label, diz o banco no comunicado.
A operação anunciada hoje deixa claro que o Itaú — que criou o íon em outubro de 2020, conforme o Finsiders revelou — mantém um forte apetite pelo mercado de investimentos. Num momento em que a XP se arma com objetivo de ser a instituição financeira mais valiosa da América Latina até 2025.
Na semana passada, a empresa fundada por Guilherme Benchimol — hoje com R$ 815 bilhões em ativos sob custódia — divulgou a compra de 100% do Modal e de uma fatia na Suno.
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