Os investimentos em venture capital feitos em startups brasileiras nos primeiros cinco meses de 2021 já somam US$ 3,2 bilhões, feitos ao longo de 261 rodadas. Segundo levantamento da Distrito, montante corresponde a mais de 90% do total investido em 2020, ano que bateu recorde no setor com US$ 3,5 bilhões aportados.
As fintechs concentraram, de longe, o maior volume de investimentos no ano (US$ 1,15 bilhões), seguidas por Real Estate (US$ 825 mi), Retailtech (US$ 632 mi), Edtech (US$ 380 mi) e Healthtech (US$ 88,8 mi).
Já na comparação de janeiro a maio, 2021 dispara na liderança, com um desempenho de 293% melhor do que o mesmo período do ano passado, quando foram investidos US$ 835 milhões. As fusões e aquisições também continuam aquecidas no mercado. Foram 91 M&A realizados até agora em 2021, mais de 53% do total em 2020.
“Não é absurdo dizer que o Brasil caminha para algo em torno de US$ 4,5 bi ou até US$ 5 bi em 2021. O mercado nacional está cada vez mais forte, com os investimentos das grandes empresas que se deram conta, com a pandemia, que precisam oferecer produtos mais aderentes à realidade digital. O movimento e a tendência são muito bons em todos os sentidos”, diz Gustavo Gierun, confundador do Distrito.
Só no mês de maio, são US$ 788 milhões investidos, maior volume para o mês. Foram 55 aportes feitos, também um recorde. A título de comparação, tanto em 2020 quanto em 2019 foram feitos exatos 32 rounds no mês. O maior número de deals foi feito no estágio Seed, em que 22 aportes somaram US$ 26 milhões. Já o maior volume está concentrado em rodadas Series B -nove rodadas levantaram ao todo US$ 315 milhões no mês.
O setor com o maior desempenho em maio foi o de Real Estate, que levantou US$ 300 milhões em dois aportes, seguido por Fintechs (US$ 295 mi), Mobilidade (US$ 38,3 mi) e T.I. (US$ 31,8 mi). Destaque para o porte de US$ 300 milhões recebido pelo QuintoAndar em uma rodada Seres E liderada pelo Ribbit Capital; para o investimento de US$ 190 milhões da Cloudwalk, levantada numa Sereis B liderada pelo Coatue; e para os US$ 26 milhões aportados na Hashdex em uma rodada liderada pelo Valor Capital e Softbank.
Em termos de fusões e aquisições, foram 16 no mês, com destaque para a compra da Otimize pela Atta; da Promobit pela Méliuz; e da Nexoos pela Ame.
Para ficar de olho
O algoritmo Dataminer da Distrito indica possibilidade de pelos menos duas fintechs levantarem recursos nas próximas semanas.