A Clearsale, fintech de soluções antifraude para e-commerce, vendas diretas, telecomunicações e mercado financeiro, vai comemorar seus 20 anos de vida com um grande passo: sua estreia na Bolsa. A empresa, considerada a primeira fintech brasileira, protocolou pedido de oferta inicial de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para financiar crescimento orgânico e via aquisições.
No ano passado, a Clearsale registrou 276 milhões de pedidos analisados, R$ 106 bilhões de transações protegidas e mais de R$ 2 bilhões em fraudes evitadas, segundo o chairman e fundador da empresa, Pedro Chiamulera disse em Papo de Fintech com o investidor anjo e líder do pool de fintechs da Bossanova Investimentos, João Bezerra Leite. Para chegar a esses números, a Clearsale alimenta um Big Data desde 2006, que hoje tem uma base de cerca de 95% dos CPFs conhecidos. A companhia teve receita líquida de R$ 345,6 milhões, alta de mais de 65%. No prospecto preliminar da operação, a ClearSale diz que no fim de março tinha mais de 4.800 clientes ativos em mais de 160 países, a partir de unidades de Brasil, México e Estados Unidos.
Segundo a Reuters, a oferta também vai permitir que atuais acionistas da companhia, incluindo Chiamulera, vendam uma fatia no negócio. O “chairman” tem quase metade do capital da companhia.
Além do comércio eletrônico, a ClearSale também se beneficiou da entrada em vigor do PIX, sistema instantâneo de pagamentos no Brasil, para o qual criou uma plataforma antifraude.