Artigo | Por que as maquininhas ainda se mantêm competitivas

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Por Gabriel Andrade*, exclusivo para o Finsiders

A rápida digitalização em diversos setores da economia foi essencial para manter a competitividade no cenário mundial diante da pandemia. Nos meios de pagamento, não é diferente: o dinheiro físico, por exemplo, para muitos é um item quase em desuso no dia a dia.

Já as maquininhas de cartão são uma realidade em muitos estabelecimentos comerciais em todo o Brasil e, mais recentemente, o segmento incorporou a alternativa de pagamento por aproximação do cartão à maquininha, sem a necessidade de inserção da senha, gerando comodidade e praticidade, visto que o processo de compra é agilizado e evita-se filas.

Essas constantes transformações tecnológicas trouxeram inúmeras inovações ao segmento, que acontecem há mais de dez anos com a chegada dos bancos digitais, resultando em uma movimentação de cartões com boa aderência no mercado.

Uma pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC) observou que no final de 2020 o Brasil contava com 134 milhões de cartões de crédito e 167 milhões de débito ativos. O Relatório Global de Pagamentos da Financial Services Technology ainda prevê que o cartão de crédito e o de débito figuram em segundo (42,7%) e terceiro lugar (12,2%) na lista dos principais métodos de pagamento da América Latina até 2023.

No âmbito do consumo, o cartão traz mais praticidade, segurança e organização ao cotidiano das pessoas, já que dispensa o carregamento de grandes quantias em dinheiro, amenizando os riscos de perda, furto ou assalto.

Além disso, esse meio é capaz de proporcionar a visualização de extratos dos últimos gastos. Isso sem contar os recentes avanços que já estão revolucionando os hábitos de consumo, como o Pix.

Gabriel Andrade, CEO da Quero 2 Pay (Divulgação)
Gabriel Andrade, CEO da Quero 2 Pay (Divulgação)

Disponível para uso em qualquer dia e horário, além de promover uma transação gratuita para pessoas físicas, ainda permite pagamentos via QR Code, o que, inclusive, tem sido um recurso já utilizado por muitos estabelecimentos.

Assim como o cartão de crédito tornou o talão de cheques obsoleto para os pagamentos parcelados, o Pix democratizou o esquema de transferências bancárias que até então eram realizadas apenas via DOC e TED, incluíam taxas de serviço.

Maquininhas de cartão em todo lugar

Até pouco tempo atrás, apenas médias e grandes empresas podiam contar com maquininhas de cartão porque o uso do recurso remetia a um grande volume de vendas.

Hoje em dia, vemos um aumento do número de maquininhas sendo ofertadas no mercado, o que reduz o custo das taxas pagas pelos comerciantes a cada transação e democratiza esse meio de pagamento em todos os tamanhos de comércios. É uma solução eficaz no aumento das vendas, já que possibilita também o parcelamento, resultando em compras que nem estavam no planejamento.

Outro ponto positivo para o lojista é a redução da inadimplência, pois o responsável pela transação é o banco em que o cliente tem conta: seja na aprovação do débito, em que o dinheiro é transferido na hora, quanto no crédito, em que as transações são garantidas pela operadora do cartão. Soma-se, também, a segurança de não precisar guardar o dinheiro recebido no caixa ser um benefício a ser considerado.

Não podemos esquecer da falta de troco que a princípio parece inofensiva, mas traz riscos aos negócios. Caso o comerciante opte por arredondar o valor do produto, por exemplo, gerará um custo e consequentemente uma diferença recorrente no caixa. Outro fator comum é deslocar um colaborador para ir em busca do troco, o que atrapalha a jornada de vendas e pode causar insatisfação no consumidor, que pode desistir da compra.

Por fim, além das vantagens que esse recurso já nos comprovou, também existe a possibilidade de tornar o estabelecimento comercial em um correspondente bancário para que o comerciante possa desempenhar funcionalidades como serviços de cobranças, ordens de pagamentos, recarga de celular, transferências entre contas, solicitações de financiamentos e afins.

Os meios de pagamentos seguem em constante transformação e as maquininhas de cartão ainda podem nos surpreender.

*Gabriel Andrade é CEO da Quero 2 Pay, fintech de meios de pagamentos por maquininhas de cartão.

 

 

As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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