EXCLUSIVO: Renato Ejnisman deixa o comando do Next

Renato Ejnisman, ex-CEO do Next (Foto: Divulgação/Next)
Renato Ejnisman, ex-CEO do Next (Foto: Divulgação/Next)

Renato Ejnisman não é mais o CEO do Next. Em seu lugar assume Curt Zimmermann, atual CEO do Bitz, que também pertence ao Bradesco.

O Finsiders apurou que o anúncio foi feito nesta semana aos funcionários do Next, citando apenas que o banco digital cresceu muito e agora será necessário reestruturar as áreas.

“Após completar o ciclo de crescimento e consolidação do Next, o executivo Renato Ejnisman decidiu por novos desafios”, confirma o Bradesco, por meio de nota.

O banco também confirmou que Curt acumulará as funções de CEO do Bitz e do Next.

Renato assumiu como CEO do Next em março do ano passado com a missão de escalar o banco digital gestado dentro do Bradesco em 2017 e que tem se posicionado nos últimos anos como uma empresa independente do bancão.

Na época em que o executivo chegou ao posto, o Next estava com cerca de 4 milhões de clientes, número que saltou para 12,2 milhões, conforme dados do segundo trimestre.

Antes do Next, o executivo foi diretor-executivo do Bradesco e, em sua última posição, liderava as operações do private banking, da Bradesco Asset Management (Bram), BAC Florida Bank, Câmbio e Corporate One.

Contexto

Num movimento semelhante a de outros bancos digitais, nos últimos meses o Next vem ampliando o portfólio com investimentos, seguros e marketplace, entre outros produtos e serviços.

A instituição também tem reforçado o alto escalão. Há um ano, contratou Laura Chaves, oriunda do Itaú, como Chief Product Officer (CPO). Antes, o banco já tinha contratado Ricardo Urada como Chief Business Development Officer.

O Bitz, por sua vez, foi lançado em setembro de 2020 pelo Bradesco e chegou ao segundo trimestre deste ano com 8,3 milhões de contas criadas. A carteira digital também vem ampliando a oferta de produtos e serviços. Em abril, por exemplo, lançou um cartão de crédito com a bandeira Elo.

Além do Next e do Bitz, o Bradesco comprou há quase um ano a totalidade do Digio, banco digital que até então dividia com o Banco do Brasil (BB).

De lá pra cá, o mercado tem se questionado sobre a estratégia do banco da Cidade de Deus em manter as três operações apartadas ou juntá-las, ganhando poder de fogo para enfrentar a competição acirrada com outros neobanks, como Nubank, Inter e C6 Bank.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, chegou a dizer que havia chance de unir os três negócios, mas em entrevista ao Valor no início deste mês ele disse que o plano ficou para trás.

“Com a reprecificação dos ativos, vamos continuar apostando em todas essas iniciativas digitais e cuidar para que tenham independência do Bradesco, coisa que praticamente já acontece”, afirmou, em entrevista aos jornalistas Talita Moreira e Álvaro Campos.

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