A Swap, startup de Banking as a Service (BaaS) criada em 2019, acaba de anunciar sua entrada no promissor negócio “Buy Now Pay Later” (BNPL), que ganhou fama com a fintech sueca Klarna e dá seus primeiros passos no país. “Damos mais um passo em nossa jornada de inovação tecnológica com a primeira solução White Label para plataformas de BNPL no Brasil”, diz Cleiton Rodrigues, gerente de marketing da Swap.
A solução adotada pela Swap para difundir as soluções BNPL e ampliar a aceitação por parte de lojistas e outros estabelecimentos foi utilizar a rede Mastercard. “A partir do uso de cartões virtuais de uso único (SU-VCN), uma feature pouco explorada pelo mercado, mas aceita em toda rede Mastercard por mais de dois milhões de estabelecimentos, além de resolver o problema de aceitação do BNPL, a Swap também garante que o crédito seja usado somente para fins específicos, através de sua solução de multi saldos e autorização compartilhada com regras flexíveis e configuráveis”, explica.
Por exemplo, se o objetivo é dar crédito para compras no segmento de eletrônicos, pode emitir cartões virtuais de uso único, aceitos em qualquer estabelecimento (sem a necessidade de integração direta) e ainda garantir que o uso do crédito será direcionado para o fim específico, ou seja, em lojas selecionadas e somente para compra de produtos eletrônicos.
Com foco no problema de aceitação destas plataformas e ampliando o leque de financiamento de consumo de bens e serviços,a solução combina os SU-VCN com uma estrutura de autorização flexível e configurável com as iniciativas de BNPL – tanto existentes quanto as que vão surgir.
A Swap acredita que, assim como o crediário democratizou o acesso ao crédito e aos bens de consumo duráveis, as soluções “Buy Now, Pay Later” estão incluindo as gerações mais novas no mundo do consumo. A geração que mais usa o BNPL são os millennials (nascidos entre 1981-1996), mas a geração Z (nascidos entre 1996-2010) também está seguindo a mesma tendência, especialmente pela familiaridade com o ambiente digital.
Entre os modelos de negócios proporcionados pelo BNPL, estão desde app de compras integrados as plataformas de lojas virtuais, financiamento sem cartão (como o antigo carnê, mas virtual), modelos virtuais de aluguel de propriedade (que atende a negativados) e ofertas de parcelamento vinculadas à cartões – como o que o Nubank acaba de anunciar.
“Com nossa solução, continuamos na jornada para possibilitar que diversas empresas possam oferecer serviços financeiros aos seus clientes, de forma independente e atenta às oportunidades do mercado, tornando histórias impossíveis, possíveis”, acresenta.
A “fábrica de fintech” dos sócios Ury Rappaport, Douglas Stoff e Alexandre Takinami está em atividade desde meados de 2019, e já captou R$ 17 milhões em investimentos em rodada liderada pelo ONEVC, gestora brasileira baseada em São Francisco – em 2020, cresceu mais de 500%. Está também em andamento o projeto para colocar de pé mais uma vertical ainda no terceiro trimestre deste ano, possibilitando que mais um segmento se beneficie com soluções de BaaS desenvolvidas sob medida para o seu setor.
Nubank aderiu ao BNPL nesta semana
O Nubank aderiu ao BN agora também permite que seus clientes paguem depois compras acima de R$ 30 feitas com o cartão de débito. Pelo aplicativo do banco, será possível parcelar pagamentos realizados à vista em até 12 vezes com juros.
Para parcelar um débito, o usuário deve acessar a compra no app e selecionar a função “Pague essa compra no futuro”; o app mostra uma simulação de prazos e condições de pagamento; depois é só confirmar a transação. Com isso, o valor da compra volta automaticamente para a conta do usuário.
Segundo o Nubank, a opção de pagar depois é uma alternativa para situações em que uma compra não permite o parcelamento no ato ou para aproveitar um desconto significativo à vista, “ou mesmo quando o limite do cartão de crédito é baixo e você não quer comprometê-lo com uma determinada aquisição”.
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