Na esteira da aprovação do marco legal das criptomoedas, que regulamenta as atividades das empresas do segmento em território brasileiro, a exchange norte-americana de criptomoedas Coinbase, uma das maiores no mundo, desembarcou de forma oficial no Brasil com uma plataforma totalmente em português, suporte aos usuários nacionais e transações em reais.
Os pagamentos e as transferências em reais são possíveis por conta de uma parceria junto ao unicórnio brasileiro Ebanx, fintech de pagamentos com soluções internacionais, com integração ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. A ideia é avançar tanto no acesso dos usuários ao segmento quanto em tecnologias da Web3.
“Com a integração do Pix e o aprimoramento do aplicativo da Coinbase, estamos oferecendo aos brasileiros uma experiência única e personalizada no mundo das criptomoedas”, afirmou, em nota, Fabio Plein, diretor regional da Coinbase nas Américas. “Acreditamos que essas atualizações são fundamentais para democratizar o acesso à criptoeconomia e impulsionar a adoção de criptomoedas no Brasil.”
Aliás, desde 2021 a exchange possui um polo tecnológico no Brasil com engenheiros estão empenhados em desenvolver soluções para criptoativos e Web. Já por meio do Coinbase Venture, seu braço de Venture Capital, a empresa vem fazendo comprando participações em empresas na América Latina, como a Hashdex, gestora brasileira de criptomoedas, e o unicórnio mexicano Bitso, uma corretora de cripto.
Fora da região, o veículo de VC da Coinbase fechou a compra da canadense Ledn, plataforma de serviços financeiros baseada em criptoativos. No total, são 22 aportes no currículo, segundo o Crunchbase.
Contexto
Maior corretora de criptoativos nos Estados Unidos, a Coinbase chegou à Nasdaq, bolsa norte-americana de tecnologia, em abril de 2021. Hoje, são mais de 110 mil clientes em 100 países, com cerca de US$ 145 bilhões em volume trimestral de negócios.
Em território brasileiro, deve disputar espaço com players já estabelecidos, como Mercado Bitcoin, Binance e Foxbit, além de empresas do sistema bancário com os pés em cripto, como BTG Pactual (com a Mynt), XP (com Xtage), Mercado Pago e Nubank, entre outros.
Na Nasdaq, a empresa possui um valor de mercado de US$ 21,2 bilhões e suas ações giravam em torno de US$ 81,19 às 13h28.
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