A Pomelo, empresa latinoamericana de tecnologia financeira, acaba de receber autorização do Banco Central (BC) para operar como instituição de pagamento (IP), nas modalidades emissor de moeda eletrônica (pode gerir contas de pagamento pré-pagas) — e também emissor de instrumento de pagamento pós-pago (por exemplo, cartão de crédito).
Segundo o despacho publicado na edição desta segunda-feira (27) do Diário Oficial da União, a IP da Pomelo tem capital social de R$ 16 milhões e os controladores são os fundadores da fintech, Gaston Irigoyen, Juan Fantoni e Hernán Corral.
Em nota ao Finsiders, John Paz, COO e country manager da Pomelo no Brasil, diz que a autorização permite à empresa ampliar seu conjunto de soluções e, assim, também consolidar sua presença no mercado local.
“Estamos animados em continuar nossa jornada de tornar o acesso ao sistema financeiro mais fácil e descomplicado para empresas inovadoras, eliminando barreiras e possibilitando novos modelos de negócio”, afirmou.
Fundada no começo de 2021 em Buenos Aires, capital da Argentina, a Pomelo desembarcou no Brasil em outubro daquele ano. A empresa se define como “a nova infraestrutura para lançar e escalar serviços na América Latina, em semanas”. No portfólio de produtos estão emissão e processamento de cartões (Visa e Mastercard), criação de contas digitais e verificação de identidade e KYC (sigla em inglês para ‘conheça seu cliente’).
Com operação em seis mercados (Brasil, Argentina, México, Colômbia, Chile e Peru), a Pomelo atende mais de 100 empresas e unicórnios regionais.
Desde o início do negócio, a fintech captou US$ 60 milhões em investimentos. Em outubro de 2021, recebeu US$ 35 milhões em um cheque Série A liderado pela Tiger Global. Menos de um ano depois, fez uma extensão de US$ 15 milhões com monashees, SciFi, Insight e Index Ventures. No captable estão, ainda, nomes como QED Investors, Sequoia, FJ Labs, Latitud e outros.
Mercado
Na arena de infraestrutura financeira e de pagamentos, o que não falta é competição. A lista de players que oferecem soluções na área é grande e inclui nomes como BMP, Bankly, Celcoin, Dock, FitBank, Matera, QI Tech, Swap, entre outros.
Instituições financeiras tradicionais, como BV, BTG Pactual, Itaú, Original, ABC Brasil, Citi e, mais recentemente, o Santander, também vêm apostando no banking as a service (BaaS) para ampliar as linhas de receita e diversificar o negócio.
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