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Pier capta R$ 108 milhões; insurtech, aprovada no Sandbox da Susep, vai pedir uma licença definitiva

Pier, insurtech autorizada a operar no Sandbox (ambiente regulatório experimental com condições especiais) da Susep e uma das primeiras a usar inteligência artificial no setor, acaba de anunciar um novo aporte de R$ 108 milhões (US$ 20 milhões), em rodada Séries B, liderada pelo Raiz Investimentos.

Segundo a startup, o montante recebido será utilizado para impulsionar o crescimento e transformar a experiência com seguro auto no Brasil. Para isso, a insurtech pretende, ainda este ano, dobrar a sua equipe de 120 pessoas, especialmente as áreas de dados e desenvolvimento.

Hoje, o Seguro Smartphone é automatizado e o objetivo é ampliar essa tecnologia proprietária para o Seguro Auto, garantindo que, em ambos produtos, os clientes possam contratar em menos de 1 minuto e receber sua indenização em apenas 10 segundos. “A tecnologia tem nos permitido inserir novos usuários no mundo de seguros. Hoje 75% dos nossos clientes não tinham seguro antes da Pier e com o aporte vamos conseguir levar uma experiência excepcional para ainda mais brasileiros”, comenta Igor Mascarenhas, CEO e CO-Founder da Pier.

O investimento vem em um momento oportuno para a seguradora, já que o aumento de capital ajuda no protocolo de licença definitiva, possibilitando que a Pier se torne a primeira insurtech do programa Sandbox a solicitar essa autorização. A nova licença, no curto prazo, remove as limitações de itens e importância segurada, e, no longo prazo, traz flexibilidade para expansão de produtos de seguro, como residência e vida.

A Pier encerrou 2020 com o faturamento anualizado de R$17 milhões, mas em meados de 2021, após atingir o marco dos 50 mil clientes protegidos, este valor dobrou. Como o crescimento do Seguro de Auto se mantém em patamares acima de 30% ao mês, a empresa espera alcançar em dezembro deste ano R$60 milhões de faturamento anualizado.

Fundada em 2018 pelos empreendedores Igor Mascarenhas, Lucas Prado e Rafael Oliveira, a seguradora já passou por outros três aportes, liderados pelo BTG Pactual e fundos como Monashees e Canary. O último foi uma rodada Séries A, no último trimestre de 2020, que possibilitou que a Pier se tornasse a primeira insurtech a virar seguradora no Brasil.

“A Pier nasceu com o compromisso de descomplicar e oferecer serviços mais acessíveis com uma experiência incrível desde o momento da contratação à solicitação do reembolso, podendo assim, democratizar e atender à parcela da população que não tem seguro”, finaliza o CEO.

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