Mesmo em meio aos recordes sucessivos de transações via Pix, o uso de dinheiro físico segue em crescimento, afirmou Carolina Barros, diretora de administração do Banco Central (BC), durante a live semanal do órgão, nesta segunda-feira (10).
Conforme disse ela, ao final de 2019, o volume financeiro de cédulas e moedas em circulação no Brasil representava R$ 280,7 bilhões, montante que saltou para R$ 370,4 bilhões um ano depois, influenciado principalmente pela insegurança provocada pela pandemia de covid-19.
No encerramento de 2021, essa quantia recuou para cerca de R$ 340 bilhões. De lá pra cá, o volume financeiro tem se mantido nesse patamar. “Perceba que não voltamos para o patamar de 2019. Acho que vai levar algum tempo para o Banco Central enxergar qual o impacto dos meios de pagamento no futuro do dinheiro brasileiro”, afirmou.
Para ela, o dinheiro físico não irá desaparecer completamente, apesar do avanço dos meios digitais de pagamento. “O dinheiro segue sendo a base da nossa economia, e isso tem a ver com a bancarização da população, com acesso à internet, aos smartphones, e também com a informalidade da economia”, citando como exemplo vendedores ambulantes que às vezes precisam utilizar no mesmo dia o dinheiro recebido para pagar contas ou fazer compras.
Durante a transmissão, Carolina também destacou o custo para o dinheiro em espécie ser produzido. Em 2022, por exemplo, o país gastou R$ 702 milhões com a fabricação de moedas e cédulas — cada moeda pode custar de 13 centavos a 34 centavos, enquanto no caso do dinheiro de papel, varia entre 18 e 68 centavos.
Enquanto isso, o Pix renova recorde
Conforme o BC divulgou nesta segunda-feira (10), o volume diário de operações feitas pelo Pix voltou a bater recorde. Na última quinta-feira (6), foram registradas 129,4 milhões de transações. Um dia depois, esse número foi superado, chegando a 134,8 milhões. O recorde anterior havia sido atingido em 7 de junho, com 124,7 milhões de transações.
Atualmente, o Pix soma 150,5 milhões de usuários. Ao todo, há 625,5 milhões de chaves ativas no sistema de pagamento instantâneo criado pelo BC.
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