A Febraban criou um grupo de estudos, em associação com uma consultoria, para estudar o “cliente digital”. A informação foi dada ontem ao portal FTKnet por Gustavo Fosse, diretor de tecnologia da entidade, em entrevista exclusiva durante o Ciab
Fosse não quis revelar o nome da consultoria nem fazer uma previsão de quando sairão os primeiros resultados. O grupo vai incluir obviamente um capítulo sobre fintechs, diz.”O objetivo do setor é garantir padronização e interoperabilidade”.
“O modelo adotado no Brasil entre fintechs e bancos é de parceria”, afirmou Fosse, lembrando que em alguns países a opção é concorrer. “Cada banco está adotando sua própria estratégia para apoiar ou se aproximar delas. “, diz. Alguns tem até fundos de venture capital, caso do Santander e do Bradesco.
Fosse acredita que tanto os canais tradicionais de atendimento quanto os digitais continuarão sendo oferecidos pelos bancos, e que um tipo não exclui o outro – ainda que detecte uma crescente preferência do cliente brasileiro por mobile, conforme apontado pela pesquisa mais recente de tecnologia bancária, que foi realizada pela Febraban em parceria com a Deloitte e apresentada na 16a. edição do Ciab, que terminou ontem. O evento trouxe pela primeira vez um espaço dedicado a fintechs – o que deve se repetir em 2017, adiantou Fosse.
O executivo acredita no potencial que as fintechs tem de agregar aos bancos ideais disruptivas. Em relação à regulação, o diretor lembra que no Brasil todas as fintechs tem associação com um banco, já que não é possível a uma empresa operar no sistema financeiro sem ser financeira. Por isso, Fosse acredita que o ecossistema, no Brasil, está seguro e os riscos são menores do que em alguns países.