Uma das principais dores dos mais de 25 milhões de trabalhadores autônomos no país (dados do IBGE) é receber em dia pelos serviços prestados. Isso quando o pagamento é feito, já que rolam muitos calotes por aí. Diante deste cenário, um empreendedor enxergou uma grande oportunidade de mercado: levar renda segura aos profissionais autônomos.
Depois de ter sua primeira startup, a Jobis, adquirida no ano passado pelo Pravaler, Matheus Pessanha segue voo solo com a mesma marca, mas com uma proposta e target totalmente diferentes. A nova Jobis acaba de captar um pré-seed de centenas de milhares de dólares para lançar seu aplicativo ao mercado – um meio de pagamento seguro para os autônomos.
Participaram do aporte Emerson Macedo, ex-will bank; Bernardo Rangel, CFO da Educbank; e Marco Vituzzo, fundador e CEO da MVituzzo Empreendimentos. Como todos investiram como pessoa física, preferem não revelar o valor exato do pré-seed. Segundo Matheus, trata-se de uma rodada técnica, justamente para colocar o produto no ar. Aliás, todos os passos da startup estão sendo muito bem planejados.
“Estamos lançando inicialmente uma versão beta para alguns convidados em São José dos Campos (interior de SP), para que eu consiga fazer o controle financeiro da coisa como um todo, e não quebrar a startup logo no primeiro mês. Conforme for sentindo a penetração e a alta demanda, vamos expandindo”, conta o fundador e CEO da Jobis com exclusividade ao portal parceiro Startups.
De acordo com Matheus, assim que o negócio começar a decolar, a startup pretende fazer um seed mais robusto, levantando algo entre US$ 3 e US$ 5 milhões, com o objetivo de financiar toda a estruturação do negócio.
Qual a proposta do aplicativo?
Através do app, os autônomos que possuírem convite de acesso poderão cadastrar seus serviços e utilizar a Jobis como meio de pagamento, onde seus clientes poderão parcelar o serviço sem utilizar cartão de crédito. O modelo de negócio se baseia em take rate, taxa cobrada por cada transação feita no app.
Matheus explica que, para todo serviço, a startup assume o risco e garante o repasse para o autônomo na data correta, mesmo que seu cliente não pague no dia certo. O pagamento passa a ser feito diretamente com a Jobis e não mais com o profissional autônomo. Em breve, o app deve ganhar uma linha de receita via assinatura para os autônomos obterem acesso a mais funcionalidades, benefícios e vantagens.
“Tenho para mim que a missão da Jobis é ajudar a elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), impactando diretamente na renda. No meu primeiro produto eu levava emprego, e agora eu quero levar renda segura para as pessoas que monetizam as suas habilidades”, finaliza.
*Conteúdo publicado originalmente pelo portal parceiro Startups.
Leia também:
Zippi, fintech para autônomos, cresce 9 vezes e planeja dobrar volume de crédito neste ano