No Brasil, clientes com contas em mais de uma instituição preferem fazer suas transações nas digitais. Esta é uma das conclusões do estudo “Transformação Digital na América Latina – 2021”, elaborado pelo fundo de venture capital Atlântico, com base em dados do Guiabolso. A situação mudou do final do ano passado para cá e, segundo o estudo, este é um caminho sem volta.
O avanço tecnológico na América Latina em geral – e no Brasil em particular, com destaque para as fintechs – já vinha acontecendo com o passar dos anos. “Os investimentos de capital, tanto de empresas locais como de companhias de outros países aumentaram com a pandemia da covid-19, que traçou um novo panorama para os países dessa região. Nos próximos anos, devem ser impactados positivamente cada vez mais”, diz o managing partner do Atlantico, Julio Vasconcellos.
O relatório traz ainda dados sobre o valor de mercado das startups da região,que já representa 3,4% do PIB total, e vem aumentando a cada ano. Antes, era 2,3% e 1.,%, em 2020 e 2019, respectivamente.
Esse aumento vem acompanhado dos números e valores dos unicórnios dos países latino-americanos, que tem praticamente dobrado a cada ano que passa. Em 2018, surgiram apenas 4 unicórnios nesta região. Em 2021, o número de novos unicórnios na América Latina já está em 27 no ano.
O valor de mercado dessas empresas também têm aumentado e muito. Em 2018, os unicórnios latino-americanos movimentaram cerca de 1US$ 9 bilhões no ano. Esse número foi crescendo gradativamente com o passar dos anos (35 bilhões em 2019 e 46 bilhões de dólares em 2020), mas teve o seu boom em 2021, alcançando US﹩ 105 bi.
Confira o relatório completo aqui.
Neobanks passam na frente
Nos EUA, 88% já usam fintechs
A porcentagem de consumidores americanos que usam tecnologia para administrar suas finanças saltou de 58% no ano passado para 88% neste ano, de acordo com uma pesquisa da Plaid. A pesquisa online foi realizada de 6 a 20 de julho de 2021 entre 2.000 adultos norte-americanos.
Na pesquisa Plaid do ano passado, 69% dos entrevistados disseram que a fintech era uma tábua de salvação durante a pandemia. Embora empresas e agências bancárias tenham reaberto desde então, 58% ainda dizem que não podem viver sem tecnologia para administrar suas finanças. Na verdade, entre 80% e 90% dos consumidores de fintech planejam usar essas soluções com a mesma frequência ou com maior frequência daqui para frente.
As soluções fintechs tradicionalmente são as preferidas pelos consumidores mais jovens e mais abastados. Mas novos segmentos de clientes estão crescendo rapidamente: os baby boomers são o segmento de crescimento mais rápido, passando de uma taxa de adoção de 39% para 79% hoje. E impressionantes 96% dos hispano-americanos agora usam fintech, contra 62% no ano passado.
O pagamento digital é o caso de uso mais popular de fintechs, com 70%. Já o uso de ferramentas de economia digital (57%) e investimento online (51%) aumentaram 24% e 18%, respectivamente. Isso se correlaciona com os consumidores citando economias de curto e longo prazo como seus principais desafios financeiros.
Fonte: Insider Inteligence
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