Pesquisa realizada em parceria entre o N26 e a Accenture divulgada nesta semana revelou que no mundo todo, 23% dos clientes de bancos e seguros possuem contas em um banco digital – são cerca de 450 milhões de clientes. A projeção é que esse número possa chegar a quase 70% globalmente, triplicando o tamanho do mercado atual.
Além disso, estima-se que quase metade (46%) da população global total com recursos bancários consiste em pessoas que não possuem contas bancárias exclusivamente digitais, mas estariam motivadas a abrir uma para obter acesso aos recursos bancários digitais típicos, como uma boa relação custo/benefício, uma experiência de usuário simples e uma comunicação clara e simples.
Esses consumidores não incluíam a preferência por agências bancárias físicas entre os motivos para não ter uma conta bancária exclusivamente digital. Juntas, essas descobertas sugerem que há um considerável mercado potencial para os bancos digitais, que pode chegar a 1,4 bilhão de clientes em 28 mercados.
A confiança continua sendo um fator importante para atrair e reter clientes. Com a falta de interação “cara a cara” no espaço online, é particularmente importante para os bancos digitais transmitirem intimidade e humanidade em suas interações.
“É claro que construir e ganhar confiança é um fator significativo no futuro de nosso setor, especialmente porque não temos o legado de séculos que os bancos tradicionais possuem. No entanto, a pandemia mostrou que devemos nos concentrar no futuro, não no passado. É por isso que o N26 está construindo serviços bancários para o século 21 e continua a ganhar a confiança de milhões de clientes em todo o mundo “, disse Alex Weber, diretor de crescimento da N26.
Brasil em terceiro
De acordo com o estudo, os três principais países com maior participação de clientes com contas digitais são: Arábia Saudita (54%), Emirados Árabes Unidos (51%) e Brasil (44%). Os países que demonstraram o crescimento mais rápido na adoção do modelo nos últimos dois anos foram Suíça (82%), Brasil (73%) e Austrália (58%).
“Nos últimos anos, vimos grandes avanços na relação dos brasileiros com os bancos. O acesso digital e o relacionamento mais próximo e centrado no usuário permitiu a abertura de milhões de contas digitais. Mas mesmo assim, a relação do brasileiro com dinheiro não melhorou”, diz Eduardo Prota, CEO da N26 Brasil.
A Europa fica para trás neste quesito: França (20%), Espanha (15%), Bélgica (13%), Alemanha (10%) e Holanda (8%). No entanto, esses países também viram um grande aumento na população de bancos digitais entre 2018 e 2020, por exemplo, Suíça (82%), Irlanda (56%), Reino Unido (55%), França (53%), Espanha (44%), Alemanha (35%), Bélgica (30%) e Itália (28%).