TENDÊNCIAS

O futuro das fintechs aponta para três modelos de negócios

Levantamento da consultoria KPMG aponta cinco forças que estão ditando o futuro da tecnologia financeira

Imagem: Drew Beamer/Unsplash
Imagem: Drew Beamer/Unsplash

Em meio ao ambiente competitivo e dinâmico no setor financeiro, três modelos de negócios despontam como alternativas no curto prazo para as fintechs: universal, horizontal ou vertical. É o que mostra um estudo da consultoria KPMG, que analisa o futuro da tecnologia financeira

De acordo com o levantamento, uma das tendências é que as empresas no setor busquem se tornar super apps. Isso significa oferecer múltiplos produtos e serviços — financeiros ou não — por meio de uma só plataforma. Nesse sentido, as fintechs operam dentro do modelo universal, ou seja, atuando tanto de maneira horizontal quanto vertical. 

“A realização de serviços é viabilizada por canais internos de infraestrutura e entrega, bem como por parcerias com SaaS [sigla em inglês para software como serviço] e prestadores de serviços bancários (banking as a service, ou BaaS)”, diz o estudo. 

Outro modelo de negócio é o das fintechs horizontais. São aquelas focadas em oferecer soluções para um perfil de cliente ou nicho de mercado. Nesses casos, as empresas recorrem a plataformas de terceiros, como BaaS, e integrações de APIs (sigla em inglês para interfaces de programação de aplicações). “Esse modelo ajuda as empresas a permanecer ágeis e a adaptar seus produtos rapidamente”, cita a KPMG. 

No caso das fintechs verticais, elas desenvolvem suas próprias plataformas e infraestruturas para oferecer a bancos, fintechs e empresas não financeiras. “Essas fintechs simplificam as operações para empresas de diversos setores, incluindo serviços públicos, serviços de saúde e varejo.”

De olho nas cinco forças

Ainda segundo a KPMG, cinco forças estão ditando o futuro da tecnologia financeira: cliente, competição, produto, tecnologia e regulamentação

Ao mesmo tempo em que há uma demanda maior dos usuários por soluções personalizadas, a concorrência está mais intensa, o que exige velocidade e parcerias estratégicas. Além disso, é preciso inovar e investir em tecnologias para se diferenciar nesse cenário. E, por fim, não ignorar as mudanças regulatórias, que também estão a todo o vapor. 

“Os tipos de modelos de negócio provavelmente surgirão, à medida que as empresas de serviços financeiros — particularmente os bancos — ponderam nos planos estratégicos se focarão na interface com o cliente ou se atuam como prestadoras de serviços para aquelas que oferecem uma ampla gama de produtos, além dos financeiros”, analisa Cláudio Sertório, sócio da KPMG no Brasil e líder do setor de serviços financeiros.

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