Desde o lançamento do ChatGPT, o interesse das empresas em inteligência artificial, que já era significativo, cresceu consideravelmente. Elas estão ativamente buscando oportunidades de inovação e valorização por meio da implementação da IA.
De acordo com uma pesquisa da Russell Reynolds, 28% das lideranças revelam que suas organizações estabelecem funções relacionadas à tecnologia. Além disso, 21% mencionam a criação de posições de direção na área. No Brasil, diversas empresas como o Grupo Boticário e a IBM já designaram executivos focados na formulação de estratégias para a IA.
Os investimentos para escolher uma pessoa para ocupar a direção de IA demonstram um compromisso sério com a inovação e a adaptação às mudanças tecnológicas. Esses líderes têm a responsabilidade de desenvolver e implementar estratégias que integrem efetivamente a inteligência artificial em todas as áreas da empresa, impulsionando a eficiência operacional e a tomada de decisões.
A presença desse novo cargo sinaliza, ainda, aos investidores, parceiros e clientes o compromisso em aproveitar todo o potencial da tecnologia para impulsionar o crescimento e a competitividade. Essas novas lideranças desempenham um papel fundamental na definição da visão estratégica do negócio em relação à IA e na identificação de oportunidades de inovação.
Não é seguir tendência
A McKinsey estima que aproximadamente 75% do valor dos casos de uso da IA generativa estará focado em quatro áreas principais: operações com clientes, marketing e vendas, engenharia de software e P&D.
Diante disso, é essencial compreender que nomear alguém para um cargo de tamanha importância não é apenas uma questão de seguir uma tendência, mas também de investimento no futuro e na sustentabilidade do negócio. Porém, não basta só indicar. É necessário fornecer o suporte necessário, incluindo recursos e treinamento, para garantir que essas pessoas tenham sucesso em suas funções.
Ao criar um cargo de diretor de IA, as organizações estão dando um passo importante em direção à transformação digital e à liderança no mercado. É hora de reconhecer o papel estratégico dessa nova tecnologia e investir nas pessoas certas para liderar essa jornada rumo ao futuro.
*Fernando Nery é CEO e cofundador da fintech Portão 3.