MERCADO

"Estamos prontos para uma nova fase das fintechs", diz Monashees

Depois do foco em experiência, futuro das fintechs está no 'embedded finance' e na inteligência artificial, avaliam executivos

Imagem: Canva
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Primeiro, era sobre experiência. Agora, o próximo passo das fintechs é levar seus serviços a todos os lugares e empresas. Pelo menos isso é o que espera o fundo latino-americano Monashees, em painel durante o Web Summit Rio.

“Estamos prontos para uma nova fase com as fintechs. Primeiro tivemos todas essas startups que mudaram a experiência para o consumidor e impactaram o setor como um todo. Agora essa experiência e serviços vão para dentro das empresas, de diversos setores”, destacou Caio Bolognesi, general partner da Monashees.

Assim como o representante da Monashees, o fundador e CEO da fintech Pomelo, Gaston Irigoyén, acredita nessa tendência, algo que a companhia tem apostado forte nos últimos anos. Inclusive, no começo deste ano a startup levantou US$ 40 milhões em uma série B liderada pela Kaszek.

Com suas soluções de pagamento e cartões, a companhia conta com centenas de clientes corporativos incluindo bancos, empresas multinacionais e startups de tecnologia como Rappi, Nomad, Bitso, Stori, Payjoy e AstroPay.

Os números de mercado também apontam na direção do embedded finance como um dos vetores de crescimento das fintechs no futuro. Conforme estudo divulgado pela Deloitte, o embedded finance poderá gerar receita adicional de cerca de R$ 24 bilhões até 2026 para os setores de varejo, bens de consumo e outros serviços que, juntos, movimentam mais de 35% do PIB brasileiro.

“Ainda há um monte de ruído em termos de quais são as tecnologias que vão impulsionar as fintechs daqui pra frente, mas acredito que estamos ainda no começo em relação ao quanto é possível inovar”, avalia Caio.

IA

Aliás, por falar em inovação, tendências como inteligência artificial também entraram na pauta do painel. Para o CEO da Pomelo, as disrupções trazidas pela IA serão decisivas para o setor, mas a curva de aprendizado para muitos negócios poderá ser complicada, ainda mais em um mercado como o financeiro, regulado e com requisitos de segurança.

“A IA será importante para reconhecer ameaças como fraudes e mitigá-las. Entretanto, acho que no começo teremos mais fraudes com uso indevido de IA, e à medida que dominarmos melhor as tecnologias, vamos virar o jogo e diminuí-las”, finaliza.

*Conteúdo publicado originalmente no site parceiro Startups.