Nascida em 2016, a fintech Neon é da geração das startups que chegavam para desafiar o status quo com soluções tecnológicas disruptivas e crescer rapidamente sem se preocupar com lucro. Desta geração, ela é uma das poucos que sobreviveu até hoje – e ainda não atingiu o breakeven.
Mas a realidade mudou. Apesar dos 30 milhões de clientes e de registrar crescimento de 130% do faturamento no ano passado, a meta agora é sair do prejuízo. As apostas em mais tecnologia, na integração das empresas adquiridas em um único aplicativo e a oferta de CDB a 150% do CDI são os caminhos escolhidos pela Neon para atingir o objetivo.
“Estamos trazendo inovações no novo aplicativo capazes de aumentar substancialmente a geração de vendas cruzadas, por meio da personalização estratégica de ofertas e do desenvolvimento inédito em tecnologia. Apenas em 2023, transacionamos mais de R$ 120 bilhões em Pix e cartões da Neon”, afirma Fernando Miranda, co-presidente da fintech.
Tecnologia e breakeven
Para Fernando, o investimento em tecnologia é crucial para atingir o breakeven. “Nossa prioridade no momento é estruturar um modelo de negócios sustentável que amplia o crédito de clientes de baixa renda que, em sua maioria, infelizmente, também estão endividados”, disse em nota. De acordo com o executivo, “a tecnologia bem feita não apenas melhora a experiência dos clientes, mas também reduz o próprio custo de servir”.
A taxa promocional do CDB vale apenas ate o dia 3/5. A Neon afirma ter 1,5 milhão de investidores, 60% deles por meio do Viracrédito – oferta que atrela a aplicação à liberação do empréstimo. O Viracrédito, por sua vez, registrou 1,05 milhão de novos investidores em 2023 e 276 mil neste ano, até março.
Já a integração da cartela de produtos e serviços da Neon oferecidos por meio das suas empresas MEI Fácil, Leve, ConsigaMais+ e Biorc será gradativa. Ou seja, em breve, os clientes da fintech terão acesso, em um único lugar, a todas as operações financeiras disponibilizadas pela instituição.