SOS RS

Mercado Pago, Nubank, PicPay e Neon prestam ajuda a clientes no RS

Segundo a Zetta, outras fintechs associadas também estão engajadas nas ações de ajuda aos clientes

Fintechs criam fluxo de iniciação de pagamento para doações a ONGs. Foto: Lina Trochez/Unsplash
Imagem: Lina Trochez/Unsplash

As fintechs estão mobilizadas na ajuda aos gaúchos, que enfrentam uma das maiores catástrofes climáticas da história do estado. Segundo a Zetta, as associadas anunciaram medidas de ajuda aos clientes que moram no Rio Grande do Sul. Elas estão engajadas também no envio de doações. A associação reúne empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros digitais.

O Mercado Pago suspendeu cobranças e negativações de vítimas da enchente. Quem precisar renegociar dívidas terá taxas especiais. Além disso, doou R$ 1 milhão.

Por meio do Instituto Nu, o Nubank também doou R$ 1 milhão para a Ação da Cidadania e Rede Calábria para ajuda aos clientes. O valor será destinado a entidades de assistência dos locais mais afetados. O Nubank, porém, também adotou medidas para apoiar os clientes residentes nas áreas afetadas. Entre elas, a flexibilização das condições de pagamento de dívidas e atendimento preferencial a todos os impactados no estado. 

PicPay e Neon

Na Neon, para ajudar os clientes das áreas atingidas eles terão isenção de taxas de juros, atendimento priorizado, suspensão temporária de dívidas em atraso e poderão antecipar o resgate de investimentos que estão dentro do prazo de carência. A Cora também adotou a política de zerar juros e encargos e não negativar os consumidores do Rio Grande do Sul neste momento. Já o PicPay oferece atendimento preferencial para os clientes impactados pelas enchentes, isenção de multas e juros e renegociação de dívidas, e arrecadou mais de R$ 2 milhões em ações na Central de Doações PicPay.

O número de pessoas atingidas pelas medidas de ajuda, portanto, é significativo. O Panorama 2024, balanço do setor elaborado pela Zetta, mostrou que as fintechs fecharam 2023 com 251 milhões de contas ativas de pessoas físicas em todo o país – um crescimento de 77% em relação a 2022.

A ajuda dos “incumbentes”

No último dia 10, a Febraban, que representa os maiores bancos do país, divulgou que as doações dos bancos associados para ajuda no socorro aos clientes e à população em geral do Rio Grande do Sul se elevaram para R$ 126 milhões. Entre eles, estão Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil, Caixa, Safra, Pine e UBS.

Entre as iniciativas, estão, por exemplo, a flexibilização de carência e prazo nas ofertas de crédito para famílias e empresas. A medida inclui revisão de taxas e ampliação de linha de crédito a renegociação de dívidas, com taxas, prazos e condições especiais para clientes afetados. Segunda a entidade, ações sociais também tem sido apoiadas.

A ajuda oficial

Na última segunda-feira, dia 13/5, o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central aprovaram medidas para amenizar os efeitos econômicos da situação de calamidade pública decorrentes dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul. 

Entre as medidas, por exemplo, as instituições financeiras não precisarão caracterizar como ativos problemáticos as reestruturações de exposições de crédito afetadas pelos eventos climáticos ocorridos no Rio Grande do Sul.

O BC também isentou do cumprimento do compulsório sobre depósitos de poupança, pelo período de um ano, as instituições financeiras que possuírem mais de 10% de sua carteira de crédito concedida para pessoas físicas residentes ou pessoas jurídicas estabelecidas nos municípios nos quais foi decretado o estado de calamidade pública. O montante estimado de liberação de compulsório é de R$ 8,3 bilhões, com efeito previsto para ocorrer no dia 27 de maio. As medidas observam os preceitos do Decreto Legislativo Nº 36, de 7 de maio deste ano, que reconheceu a ocorrência de estado de calamidade pública.

Clique para ver as Resoluções BCB Nº 378, Nº 379, e Resoluções CMN Nº 5.133, Nº 5.134 e Nº 5.135.