Joana Henklein, diretora de Estratégia e Consultoria em Serviços Financeiros da Accenture no Brasil, vem estudando de perto as forças que fizeram da pandemia um divisor de águas.
“Os bancos em 2021 abandonaram a postura reativa que haviam assumido após a Grande Recessão. Eles se tornaram proativos e começaram a questionar muitas suposições de longa data. Eles descobriram que poderiam se transformar muito mais rápido e radicalmente do que supunham”, diz Joana.
“Eles também estão mudando o foco de suas inovações digitais, que deixaram de ser aprimoramentos para invenções por completo. Os sinais destas mudanças estão por toda parte e assim, os bancos estão abandonando suas mentalidades antigas para reimaginar o setor bancário a partir de uma página em branco”, acrescenta.
Estas são as 10 tendências que ela vê prontas para moldar o setor bancário em 2022:
- Todo mundo quer ser um “superapp” – os “superapps” estão dominando mais aspectos do mundo digital e da interação humana. Os bancos devem escolher entre competir ou colaborar.
- O verde fica real – à medida que as preocupações com ESG crescem, os bancos são encorajados a serem guardiões do planeta. Haverá custos, mas os retornos valerão a pena.
- A inovação está de volta – para acompanhar as fintechs e outros concorrentes, os bancos estão redescobrindo sua postura criativa e fazendo uma pergunta simples: “Por que não?”
- Compre Agora e Pague Depois – produtos “gratuitos” e empresas “Compre Agora” e “Pague Depois” forçam os bancos a serem mais transparentes e criativos com estruturas de taxas.
- O cérebro digital recebe um coração carinhoso – os bancos procuram maneiras de ter conversas significativas com clientes no espaço digital. Tecnologias como IA ajudam a formar conexões mais humanas.
- Moedas digitais amadurecendo – com as criptomoedas em ascensão, experimentos como as moedas digitais ganham força. A busca continua por cases que comprovem os benefícios econômicos.
- Operações inteligentes colocam o zero em suas miras – a IA e o aprendizado de máquina no setor bancário superam os humanos em algumas tarefas. A sua aplicação diminuirá os desperdícios nas operações.
- Pagamentos: em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer maneira – a próxima revolução de pagamentos resultará de redes abertas, o que capacita os bancos a reimaginar suas ofertas de pagamentos para clientes exigentes.
- Os bancos pegam a estrada novamente – em 2022, a busca por crescimento incluirá os mercados internacionais. A expectativa é que esses players procurem bancos preparados para agir.
- A guerra por talentos se intensifica – a pandemia interrompeu a cadeia de suprimentos do ativo mais crítico dos bancos: o talento. Os vencedores se transformarão em empregadores.