O Open Banking pode ampliar em R$ 94 bilhões as linhas de crédito disponíveis no Brasil para pessoas físicas até 2026. A conclusão é da Serasa Experian, baseado em um recorte inédito de um levantamento que havia sido divulgado em abril mostrando que, em dez anos, o Open Banking tem o potencial de injetar R$ 760 bilhões na concessão de crédito nos países que o adotam, sendo R$ 460,7 bilhões para pessoas físicas.
A conclusão baseia-se na realidade do Open Banking no Reino Unido, país pioneiro em compartilhar dados entre instituições financeiras e que conquistou a adesão de 20% da população em cinco anos da implementação, de acordo com dados da Experian. No Brasil, esses 20% significariam mais R$ 94 bilhões disponíveis no mercado até 2026.
O segmento imobiliário teria o maior impacto em cinco anos, com R$ 30,4 bilhões. “Em 2021, foram disponibilizados pelas instituições financeiras R$ 815,2 bilhões em linhas de crédito para a compra de imóveis. Com o Open Banking, o aumento pode ser de 3,7% para o mercado imobiliário no período de cinco anos. Ou seja, os dados de Open Banking, transformados em análises acuradas, ampliam a probabilidade dos consumidores terem acesso a um crédito imobiliário, além de beneficiá-lo com uma análise mais rápida e menos burocrática, avalia o head de Open Banking da Serasa Experian, Leonardo Enrique.
A Pesquisa Impactos do Open Banking no Mercado de Crédito foi realizada pela Serasa Experian em junho de 2022 e analisou as estatísticas de instituições financeiras fornecidas ao Banco Central para fins exclusivos de monitoramento do crédito, atrelado às informações de uma amostra representativa de consumidores inscritos no Cadastro Positivo em todas as regiões brasileiras.
Confira as informações completas sobre o impacto do Open Banking no mercado de crédito nos gráficos abaixo, separados por setor: