O prejuízo da Creditas no primeiro semestre de 2022 chegou a R$ 613 milhões, três vezes maior do que no mesmo período de 2021. Em comunicado a investidores publicado em seu site, a fintech responsabiliza principalmente a alta dos juros – e torce para que o fim do ciclo anunciado em setembro melhore seus resultados daqui pra frente. Mas nem só de torcida vive a gestão da Creditas: segundo o mesmo comunicado, providências foram tomadas e devem reverter em melhorias do caixa em breve.
A receita da empresa foi de R$ 846 milhões, aumento de 248% em relação ao mesmo período de 2021 e mesmo resultado obtido em todo o ano de 2021.
Entre as medidas adotadas para enfrentar inflação e juros mais altos, a Credita aponta a reversão do ritmo de crescimento da carteira de crédito: “O alto crescimento ajuda a construir o lucro bruto futuro, mas ao mesmo tempo impacta os resultados de curto prazo devido à antecipação de provisão de IFRS e custo de aquisição de clientes”, diz o relatório.
A empresa revela, ainda, ter acelerado a reprecificação da carteira de crédito, que tem cerca de 70% de taxas pré-fixadas, enquanto as fontes de financiamento são flutuantes. Em terceiro, mas não menos importante, a Creditas está conseguindo reverter a compressão do lucro bruto durante o segundo semestre de 2021 e início de 2022: “Esperamos que essa tendência continue até 2022 e 2023 para recuperar 40-50% das margens de lucro bruto”. Redução do custo de aquisição de clientes e racionalização das despesas gerais completam o leque de providências.