Passados 30 anos do Plano Real, mais da metade (50,5%) dos brasileiros acredita que o papel moeda vai acabar em dez anos. Ainda assim, a maior parte da população tem dificuldade de detalhar como será o futuro do dinheiro. Os dados são de uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (15/7) pelo Mercado Pago, em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
Em meio ao piloto do Drex, 36,5% dos entrevistados enxergam como benéfica a criação de uma moeda digital única para o país. No entanto, quase metade (46%) não sabem se migrarão rapidamente para o Drex, quando a iniciativa for lançada. Já 23,4% ouviram falar e conhecem o Drex, a versão digital do Real em construção pelo Banco Central em conjunto com o mercado.
Em relação às criptomoedas, quatro em cada dez (39%) não conseguem prever se as criptomoedas vão substituir o dinheiro de papel como unidade de troca. Porém, outros 32% concordam parcial ou totalmente com essa afirmação “futurística”.
Sobre inteligência artificial (IA), praticamente 41% acreditam que o uso dessa tecnologia pode ajudar a tomar decisões financeiras mais econômicas e rentáveis. Contudo, quase 36% nem concordam, nem discordam a respeito desse tópico.
Plano Real
Para 77% dos entrevistados, a população brasileira teve mais acesso a produtos financeiros durante as últimas três décadas, ou seja, desde a criação do Real. “48% das pessoas acreditam que o Plano Real refletiu em mais estabilidade financeira e 52% delas afirmam que o poder de compra aumentou com a moeda”, citou Ignacio Estivariz, vice-presidente de banco digital do Mercado Pago no Brasil, em coletiva com jornalistas nesta segunda-feira (15/7).
A pesquisa mostrou, ainda, que quatro em cada dez brasileiros (38%) se lembram da mudança de moeda há 30 anos. Outros 30% não se recordam, mas dizem conhecer a história.