Em janeiro, as fintechs atraíram US$ 31, 7 milhões de investimentos de fundos de venture capital em 10 deals. Em dezembro de 2022, foram US$ 29,5 mi de dólares em 10 deals também. O montante só perdeu para os US$ 45,5 milhões obtidos pela startup de energia Órigo junto à gestora de recursos americana Augment Infrastructure. No consolidado, este foi o pior janeiro desde 2018: US$ 96,6 milhões, segundo o levantamento Inside Venture Capital, do hub de inovação Distrito.
A menor liquidez, com a elevação global de juros no ano passado, continua deixando os investidores retraídos. A queda foi de 84% em relação ao mesmo período de 2022. Em janeiro de 2018, o volume de captação ficou em US$ 77,8 milhões. O número de deals também apresentou uma forte redução: foram 25 em janeiro agora contra 117 no mesmo mês do ano passado.
Não temos a menor dúvida que 2023 será um ano desafiador para a indústria. Ainda existem dúvidas sobre quando e como os juros globais começaram a ceder. Com isso, os recursos tendem a continuar escassos e as startups deverão buscar sustentabilidade operacional e fontes alternativas de capital”, diz Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito. “Janeiro foi marcado por maior intensidade no movimento de demissões, tanto de big techs quanto de startups, o que demonstra o humor do mercado ”
As operações de M&As também encerraram janeiro em baixa. Foram 8 deals no mês passado, contra 26 em janeiro de 2022. Ao contrário do que aconteceu em 2022, quando a maior parte das transações foi de startups comprando outras startups, em janeiro esse tipo de operação representou apenas 20 por cento do total. Durante todo o ano de 2022, essa participação ficou em 56,9%, segundo um outro relatório do Distrito.