O Governo Federal divulgou nesta terça-feira (13) o resultado da 3ª rodada da Seleção Pública do programa Desafios de Inteligência Artificial para o Setor Público. A iniciativa tem como objetivo conceder R$ 24 milhões em soluções de IA para desafios tecnológicos em quatro entidades públicas federais. Entre elas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No caso da CVM, por exemplo, duas startups foram selecionadas para resolver desafios da autarquia, com foco em tecnologias de IA. Uma delas foi a Inovia, que atenderá a demanda de análise de registros de emissores. A outra foi a carioca Aetos Tech, que usará IA para identificar vínculos não explícitos entre pessoas e instituições.
De acordo com o processo, realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), cada uma das startups receberá um investimento da Finep de até R$ 3,1 milhões para o desenvolvimento de suas tecnologias.
Ao todo, a iniciativa teve inscrição de 93 projetos, com 21 selecionados para as etapas seguintes nos dois desafios da CVM. Conforme a comissão, ao longo do ano de 2023, houve trabalhos de detalhamento e aprofundamento dos problemas e resultados esperados com a solução, que envolve o uso da inteligência artificial.
Provas de conceito
“Vale ressaltar que a ação também visa incrementar o uso nacional de inteligência artificial, tanto ao resolver problemas de órgãos públicos com esse recurso quanto ao aprimorar o conhecimento de startups no desenvolvimento dessas soluções”, destacou a CVM em nota.
Com a divulgação do resultado, haverá acordos entre a CVM e startups, dando o pontapé inicial para a criação das primeiras provas de conceito. Dessa forma, o objetivo é mostrar que o trabalho está em linha com as necessidades apresentadas pelo desafio tecnológico proposto pela autarquia.
“As startups que ficaram na primeira colocação vão passar pela Prova de Conceito, para demonstrarem que têm condições de desenvolverem as soluções. Caso alguma delas não consiga, a segunda colocada será chamada para substituí-la. A expectativa é que o início dos trabalhos ocorra ainda este ano”, afirmou Poliana Jordão, engenheira da Casa da Moeda do Brasil, que atua na CVM.
*Conteúdo publicado originalmente no site parceiro Startups.